Política

Saiba quais obras de arte foram danificadas após invasão em Brasília

Algumas das peças ainda seguem desaparecidas; uma pintura estimada em R$ 20 milhões foi danificada na invasão  |  Reprodução/Twitter

Publicado em 09/01/2023, às 18h24   Reprodução/Twitter   José Ivan Neto

Após o terrorismo promovido por bolsonaristas neste domingo (8), em Brasília, onde foram invadidos os prédios do Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, diversas obras de arte que eram resguardadas no local foram parcialmente depredadas, incluindo algumas que sofreram danos irreparáveis. 

O levantamento acerca da situação já está sendo feito, mas está sendo atualizado aos poucos, já que alguns objetos seguem perdidos entre os destroços. 

Relógio doado por corte de Luís XIV

Reprodução/Redes Sociais

 

O objeto foi fabricado pelo francês Balthazar Martinot, com design de André-Charles Boulle, e dado de presente à família real. O relógio foi trazido ao Brasil por D. João VI em 1808.

'A bailarina', escultura de Victor Brecheret

Reprodução/Google Arts & Culture

 

A escultura é em bronze e foi feita pelo artista Victor Brecheret, expoente do modernismo. Ela ficava na Câmara dos Deputados, mas está desaparecida.

'As mulatas', de Di Cavalcanti

Reprodução/Globoplay

 

A pintura foi furada pelos invasores em seis pontos. De acordo com especialistas, a restauração da obra, que foi feita em 1962, pode durar até 90 dias. A peça já foi avaliada em R$ 20 milhões. 

'Araguaia', vitral de Marianne Peretti

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

 

A obra foi feita pela artista em 1977 por Marianne Peretti, e estava instalada no hall do Salão Verde da Câmara dos Deputados. A peça foi destruída. 

'A Justiça', escultura de Alfredo Ceschiatti

Reprodução/Twitter

 

A escultura, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada com a frase: "Perdeu, Mané". A obra está instalada em frente ao prédio do STF, na Praça dos Três Poderes.

Brasão da República/Cadeira do STF, feita por Jorge Zalszupin

Reprodução/Twitter

 

De acordo com o jornal O GLOBO, a avaliação é que o dano ao patrimônio é irreparável. O brasão, assim como as cadeiras dos ministros, foi retirado da sala para servir de elemento para fotos de bolsonaristas. E a cadeira foi retirada do prédio e colocada na rua, onde terroristas tiraram fotos e postaram nas redes sociais. A peça foi feita pelo designer e arquiteto Jorge Zalszupin. 

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