Política

VÍDEO: Otto Alencar detona ex-diretor da PRF durante depoimento na CPMI dos atos golpistas

O senador foi um dos eleitores abordados pelas blitzes realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições do ano passado  |  Pedro França / Agência Senado

Publicado em 21/06/2023, às 13h30   Pedro França / Agência Senado   Daniel Serrano

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques esteve presente na sessão da última terça-feira (20) na CPMI dos Atos Golpistas para prestar esclarecimentos sobre as blitzes realizadas pela corporação durante o dia do segundo turno das eleições do ano passado. A suspeita é de que o órgão tenha direcionado as ações na Região Nordeste para atrapalhar os leitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a sessão, o senador baiano Otto Alencar (PSD) tomou a palavra e lembrou que foi abordado por uma equipe da PRF próximo da cidade de Feira de Santana.

“O meu carro tinha um adesivo do presidente Lula. O número 13 no capô e eu fui parado pelo policial federal. À minha frente, tinham outros carros com o número 13 e, do lado, passava uma carreata enorme do candidato Jair Bolsonaro, que foi completamente ignorado pelo policial”, contou Otto.

Na oportunidade, o senador disse que se identificou ao policial, que o reconheceu. Após a realização da abordagem, ele foi liberado.  Ainda durante a sua participação, Otto revelou um depoimento do prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB-BA). Segundo o senador, o gestor municipal teria mobilizado a Guarda Municipal e foi desobstruir o trecho da estrada próxima da cidade, onde ocorria a operação da PRF

“Um manda e o outro obedece. E foi com essa religião, com esse interesse de servir ao presidente Bolsonaro que ele [Silvinei Vasques] que está aí sentado fez isso. Como Anderson Torres fez. Como muitos fizeram. Até porque não encarna com aquilo que deveria encarnar como servidor público, que é defender o cidadão em sua integridade”, disparou  Otto.

“No meu estado, a Polícia Rodoviária Federal, não todo o colegiado, estava a serviço do presidente da República, para tentar eleger o presidente da República. E quem manda, quem ordena é culpado por todos esses atos que foram feitos. Quem quer desmentir isso tá se abraçando com a mentira e negando a verdade”, finalizou.

 

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