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Caso Gabriela: Mulher que fez sexo a três com ex-casal estava morando na casa da vítima, diz delegada

Arquivo pessoal
Gabriela foi encontrada morta em matagal às margens da BR-116, em Feira de Santana  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 02/09/2021, às 21h12   Beatriz Araújo


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A mulher que participou de um sexo a três com Gabriela Jardim Peixoto, de 35 anos, encontrada morta em um matagal às margens da BR-116, em Feira de Santana, e seu ex-namorado, estava morando na casa da vítima antes do desaparecimento de Gabriela. De acordo com a delegada Klaudine Passos, responsável pelas investigações do caso, a mulher relatou, durante depoimento à polícia, que recebeu do médico Antônio Marcos, apontado como principal suspeito do crime, um pix de R$ 500 para transar com o ex-casal.

"Eu convoquei uma moça que morava com ela para uma nova oitiva porque havia uma série de contradições no depoimento dela. E aí, realmente, eu estava certa em apontar as contradições, haja vista que ela havia dito que não batia com o conceito investigatório. Ela esclareceu pra mim que o namorado de Gabriela, o Antônio Marcos, a teria contratado para que eles mantivessem um relacionamento a três, fazendo um pix de R$ 500, isso no dia 7 de agosto”, informou Klaudine em entrevista ao BNews.

Ainda segundo a delegada, a mulher contratada por Antônio Marcos para o sexo a três não esteve com o suspeito e a vítima no dia do desaparecimento de Gabriela.

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“O casal, na verdade, já estava em crise, brigando. A senhora Gabriela, inclusive, já estava em um outro relacionamento, com um outro namorado para quem ela dizia que já havia se separado. Segundo a moça, ela [Gabriela] não chegou a ver mais o homem [Marcos] na casa”, explica. 

Em depoimento à polícia, a mulher que se diz “profissional do sexo” afirmou que a sua relação com Gabriela passou a ser diferente, e desde então ela estaria dividindo apartamento com a vítima. “A moça já estava morando com a senhora Gabriela, dividindo apartamento, segundo ela, e o casal não estava mais junto. Parece que o Antônio Marcos tentava reatar”, conta Klaudine.

Relembre o caso

Gabriela foi vista pela última vez no dia 22 de agosto e seu desaparecimento foi registrado cerca de 24 horas depois pelo ex-marido e pai da filha de 12 anos da vítima. O autor do Boletim de Ocorrência mora em Salvador e foi informado pela filha do casal sobre o sumiço da mãe.

O corpo da vítima só foi encontrado no dia 25 de agosto, em um matagal às margens da BR- 116 Norte, no sentido Feira/Serrinha, após o retorno da Fundação Bradesco, no Distrito de Matinha. 

Antônio Marcos, apontado como ex-namorado de Gabriela, teria sido a última pessoa com quem a vítima foi vista antes de desaparecer. Além disso, imagens das câmeras de segurança de um posto de combustível da cidade apontam que a vítima e o suspeito estiveram juntos em um carro vermelho, modelo Frontier, que pertence ao médico.

O carro de Antônio Marcos foi apresentado à polícia nesta terça-feira (31) pelo advogado Guga Leal, que defende o suspeito. No veículo, os peritos encontraram diversos vestígios de sangue.

Investigações

Conforme relatado pela titular da 1ª Delegacia Territorial (DT) de Feira de Santana, a Polícia Civil segue com as investigações do caso e possui agora informações sobre um suposto médico, amigo de Antônio Marcos, que teria ajudado o suspeito a sair do estado. “A polícia já tem conhecimento de que um médico amigo de Antônio Marcos teria levado o suspeito ao aeroporto por volta das 13h, e depois disso ele pegou o voo para o Acre”, informou Klaudine Passos. 

Segundo a delegada, o médico apontado como o amigo que teria ajudado o ex-companheiro de Gabriela a deixar a Bahia “está em vias de ser ouvido nesta sexta-feira (3)”.

Ao BNews, a responsável pelas investigações informou ainda que a Polícia Civil segue aguardando a decisão judicial que deve levar ao mandado de prisão preventiva de Antônio Marcos, apontado como principal suspeito do crime.

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