2 de Julho: Movimentos sociais prometem protesto contra especulação imobiliária

Os movimentos sociais prometem protestar, neste sábado, no cortejo do 2 de Julho, contra a especulação imobiliária em Salvador. Em manifesto, os militantes afirmam que há um “conluio” entre órgãos governamentais e mercado imobiliário que força a “gentrificação dos nossos territórios e a expulsão do povo negro de seus locais de trabalho e moradia”.

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“Afirmamos que o Centro Antigo se mantém vivo e diverso pela resistência cotidiana do povo negro que vive e trabalha neste território, apesar das inúmeras violações de direitos impostas a esta população. Apenas para citar alguns problemas que nos afligem: violência policial na Gamboa, ameaça de expulsão dos Artífices da Ladeira da Conceição, decretos de desapropriação no 2 de Julho e Preguiça, políticas definidas sem efetiva participação popular, famílias sem teto sem resposta a suas demandas de moradia, enquanto há milhares de imóveis vazios no Centro Antigo”, ressaltam.

No manifesto, os militantes ainda criticam o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da capital baiana, aprovado no dia 13 de junho na Câmara e sancionado nesta quinta-feira (31). “Foi aprovado de maneira autoritária para atender os interesses de poucos, as custas do aprofundamento das desigualdades sociais e raciais que impedem que a maior parte da população tenha uma vida digna”, ponderam.

Assinam o manifesto a Articulação de Movimentos e Comunidades do Centro Antigo de Salvador, formada pela Artífices da Ladeira da Conceição da Praia, Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo, Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho, Movimento dos Sem Teto da Bahia, Mobicidade, Coletivo da Vila Coração de Maria e Rio Vermelho em Ação.

Publicada originalmente às 8h