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Agronegócio bate recorde com R$ 470,5 bilhões, mas insegurança jurídica atrapalha setor  

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Publicado em 23/09/2021, às 20h30   Redação BNews


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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou que a produção agrícola bateu recorde e alcançou um valor de R$ 470,5 bilhões em 2020. O dado comprova o peso do agronegócio na economia brasileira, que já equivale a 26,8% do PIB nacional. 

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“Esse resultado reforça a nossa luta pelo fim da insegurança jurídica no campo”, afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Itapetinga, Dilermando Campos.

O agronegócio já é a atividade econômica que mais cresce no Brasil e, por isso, Campos afirma que não é aceitável que as propriedades rurais produtivas e tituladas fiquem sujeitas a invasões e a desapropriações despropositadas porque não está regulamentado o artigo 231 da Constituição Federal, que aborda a questão indígena.
O Congresso Nacional, de acordo com o líder rural, não pode mais se omitir diante deste problema. “Depois de 14 anos de tramitação, o Projeto de Lei 490/2007 foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal e já passou do tempo de entrar na pauta para votação e, assim, ser regulamentada as terras indígenas no país. PL 490 já!”, reivindica.

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Para Dilermando Campos, o Brasil não pode matar a “galinha de ovos de ouro” em que se transformou o agronegócio para a economia nacional. “Na Bahia, o setor agrícola gerou uma receita de R$ 34 bilhões em 2020, segundo a pesquisa do IBGE. Esse montante correspondeu a 35% do PIB estadual e a 32% dos empregos gerados no estado no período”.

Na avaliação dele, a geração de riquezas pelo agronegócio não pode ser travada por movimentos suspeitos de pessoas que se autodeclarem índios, com o apoio de ONGs, financiadas por interesses internacionais contrários ao desenvolvimento social e econômico do Brasil.

Campos dá o exemplo do ocorrido na região de Itaju do Colônia e Pau Brasil, onde a economia foi destruída, gerando desemprego geral, depois da implantação da Reserva Caramuru/Paraguassu.

“Estamos assistindo a uma tentativa de repetição desta calamidade no município de Riachão do Largo, próximo a Itambé, no sudoeste baiano”, cita o líder rural. Nessa região, segundo ele, uma fazenda produtiva e com escritura secular está desde 2017 invadida e ocupada por pessoas que se autodeclaram índios e com participação também de gente do MST. 

“Depois de tomarem a propriedade com uso de armas e expulsar violentamente quem estava lá, alegaram que são terras indígenas e o processo corre na Justiça sem solução”, relata o representante dos produtores, defendendo a votação do PL 490 no Congresso Nacional para dar um basta no ambiente beligerante que a insegurança jurídica causa no campo brasileiro, prejudicando o desenvolvimento do agronegócio.

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