Cada um com sua lei

Há alguns anos a Universidade de Stanford (EUA) realizou uma interessante experiência de psicologia social, que deu origem à teoria das janelas quebradas ou "broken windows theory". É um estudo que guarda uma política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade.

Nesse sentido, aprego a tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves. Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade. É o que estamos vendo no Brasil, sem sombra de dúvidas. A população vê seus governantes cometendo crimes à luz do dia, nas sombras da noite e simplesmente nada acontece. Vê-se, ainda, por outro lado, ministro da Suprema Corte desqualificando representantes de outros órgãos judiciais, dando habeas corpus com uma naturalidade de quem manda um convite de casamento, e pronto. Assim, que referência de obediência civil passa para o povo brasileiro? 

Dessa forma, acredito que esses exemplos de permissividade estão sendo motivadores de uma crescente violência, ao lado de outras circunstâncias, em uma espécie de todos acharem que tudo podem, inclusive subverter, quebrar todo tipo de vida na legalidade e ou ética. Foi por isso, sem dúvidas, que um homem de 41 anos morreu após ser atingido por um tiro no peito em um açougue, na manhã deste domingo (20), em Maringá, na Avenida Brasil, no norte do Paraná. Conforme a Polícia Militar , um cliente saiu irritado com a demora no atendimento e disparou pelo menos seis vezes contra o estabelecimento, de dentro de uma caminhonete. Não foi bem atendido, atirou e matou.

Por aqui, estamos vendo também o público investir contra agentes públicos, e a recíproca verdadeira... É isto...