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Dos livros que li…

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Uma pausa nas análises política para sinalizar os livros que li neste ano  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/01/2022, às 06h34   Victor Pinto


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Desta vez resolvi dar uma pausa nas análises políticas até para um recesso mental para um 2022 que chega com ar de acirramento. Esse ano vamos a campo acompanhar uma eleição histórica. Comento livros e leituras do meu ano passado.

Em 2021, ano de energia pesada, me propus a ler mais. Acho que a população também, pois em agosto de 2021 no comparativo a agosto de 2020 houve um crescimento de 46,5% na comercialização dos livros de acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). A correria das atividades cotidianas me roubou, posso colocar assim, a ordem das prioridades no campo da leitura de algumas obras e me vi preso no "passar os olhos" em textos obrigatórios (trabalho e faculdade).

Consegui, por exemplo, me reaproximar das biografias. Um livro essencial da minha relação foi Irmã Dulce, escrito por Graciliano Rocha, lançado em 2019 pela Editora Planeta. Tive o privilégio de entrevistar esse grande jornalista em Salvador e ter um exemplar dessa obra autografada. A história narrada por Rocha sobre a história da nossa querida santa baiana é um documento importante não só da biografia. Traz um enredo minucioso do contexto político, social e religioso da Bahia, mais precisamente da capital baiana, no recorte temporal empregado.

Do que estou lendo, no campo biográfico, O Príncipe - Biografia Não Autorizada de Marcelo Odebrecht escrito por Marcelo Cabral e Regiane Oliveira. Livro lançado em 2017 pela Astral Cultural. Ainda seguindo pouco mais da metade das 416 páginas, posso destacar o título nessa relação.

Do campo religioso, registro Se Eu Tivesse uma Câmera Digital de Dom Murilo Krieger, arcebispo que deixou o comando da igreja Católica de Salvador no ano retrasado. O livro é de 2014, lançado pela Paulinas. São pequenas histórias do cotidiano embasadas pela leitura bíblica que nos desperta lições simples e consistentes.

Leandro Karnal fez parte de dois livros da minha relação. O Dilema do Porco Espinho (editora Planeta) e Todos Contra Todos - o ódio nosso de cada dia da editora Leya, lançado em 2017. Esse último foi o texto cabeçudo do meu ano. As palavras didáticas desse historiador e professor previram a densidade da escalada dos discursos odiosos que chegamos em 2018 e 2020 em relações das mais diversas esferas. Vale, muito, a leitura.

Para encerrar as indicações lidas: Arca sem Noé - Histórias do Edifício Copan da editora Record, lançado em 2010. Histórias curtinhas e narradas com maestria por Regina Rheda que nos surpreende a cada desfecho. Comprei esse livro de maneira despretensiosa e se tornou uma leitura bastante legal do ano. Um humor irônico e tanto.

Das prioridades que coloquei na minha lista de 2022 estão, por exemplo, o aclamado Torto Arado de Itamar Vieira Júnior, Crônica de uma Tragédia Anunciada de Wilson Gomes e A Elite do Atraso de Jessé Souza.

E você? Já fez a sua lista de leitura deste ano? Tente e começa com o primeiro passo. Se proponha. Navegue nas linhas. Feliz ano novo!

Victor Pinto é editor do BNews e âncora do programa BNews Agora na rádio Piatã FM. É jornalista formado pela Ufba, especialista em gestão de empresas em radiodifusão e estudante de Direito da Ucsal. É colunista do jornal Tribuna da Bahia, da rádio Câmara e apresentador na rádio Excelsior da Bahia. 

Twitter: @victordojornal

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