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O ponto fraco de ACM Neto

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Henrique Brinco*

por Henrique Brinco*

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Publicado em 09/09/2022, às 15h46 - Atualizado às 15h46


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A corrida ao Palácio de Ondina ainda está aberta. As recentes pesquisas realizadas na Bahia mostram uma estagnação do candidato ACM Neto (União Brasil) e uma lenta, porém constante, crescida de Jerônimo Rodrigues (PT).  E isso já preocupa o núcleo carlista. O silêncio sepulcral de aliados sobre a pesquisa Real Time Big Data, divulgada pela RecordTV Itapoan nesta semana, é prova disso.

A estratégia do marketing petista de atrelar a imagem do até então "anônimo" (como é jocosamente chamado pelos adversários) ex-secretário de Educação da Bahia ao ex-presidente Lula parece estar dando certo - apesar de Neto ainda ganhar em primeiro turno, se considerados apenas os votos válidos. 

Além das pesquisas já divulgadas, informações repassadas por fontes das campanhas de Roma e Jerônimo - que também fazem levantamentos internos - dão conta de que o jogo ainda não está decidido (apesar da indiscutível força política Neto). Estão espalhando por aí, inclusive, que "o jogo já virou" a favor de Jerônimo. Se é verdade ou não, teremos que aguardar.

O fato é que o PT pretende intensificar os ataques no ponto mais sensível do campo adversário: a gestão em Salvador. O ex-prefeito traz como principal vitrine de campanha as duas administrações bem avaliadas na capital. E é essa desconstrução que deve começar a ser feita a partir de agora. Até mesmo porque, a campanha contra o "tanto faz" (entenda aqui) está se mostrando um fiasco até o presente momento... Então, a ideia é transformar a corrida estadual em uma corrida municipal.

Não é à toa que o governador Rui Costa (PT) começou a ir para as caminhadas promovidas pelo candidato a vice, Geraldo Júnior (MDB), pela cidade. O presidente da Câmara Municipal, aliás, é tratado como peça chave para uma possível vitória petista na cidade. O petista, inclusive, acredita que está dando certo a estratégia de deixar o edil cuidando da campanha nos bairros e a majoritária correndo pelo interior. Apesar de dividir opiniões, o "líder" é visto como um grande articulador nas comunidades.

A avaliação é que, se Jerônimo ganhar na capital até o dia 2 de outubro, a eleição no interior "está no papo", dada a força extrema de Lula no estado (sobretudo em municípios com pouco acesso às informações da capital). ACM Neto terá que agir. E reagir.

*Henrique Brinco é editor de política do BNews

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