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A terceira estrela na camisa do Bahia!

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As duas estrelas douradas acima do seu escudo, são motivo de orgulho para todo torcedor do Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 19/08/2022, às 14h06   Fábio Rocha e Antonio Amorim*


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As duas estrelas douradas acima do seu escudo, são motivo de orgulho para todo torcedor do Bahia.

As conquistas do primeiro campeão brasileiro (Taça Brasil 1959) e do campeonato brasileiro de 1988, faz aquele canto “59 é nosso, 88 também...”, ecoar como um segundo hino onde a sua apaixonada torcida se encontra.

Como era na velha e saudosa Fonte Nova, em “Pituaço” ou, agora, na Arena.

Quando apenas uma estrela havia sido conquistada, uma frase do jornalista esportivo Ivan Pedro, nos idos dos anos 70, me chamava à atenção.

Dizia ele “o Bahia é um gigante dentro do campo e um anão fora dele”. Ao longo do tempo, essa frase soou como um presságio... O Bahia atingiu o limite da sua competência e frequentou o porão do futebol brasileiro, após a sua segunda maior conquista em 1988, chegando à Série C do Campeonato Brasileiro.

O futebol se tornou um grande negócio, marcas importantes passaram a injetar recursos nos clubes e quem continuou com a mentalidade amadorista, ficou e ficará para trás.

Gestões que lembravam capitanias hereditárias, Conselhos controlados pelos grupos comandados pela Diretoria Executiva, fizeram muito mal ao Bahia, à sua imagem, ao time em campo e à sua torcida, acostumada com aquele que “nasceu para vencer”.

Penhoras, sequestro de verbas por execuções trabalhistas, foram parte da sua realidade que, ainda hoje, e por longos anos, estará afetada pelos compromissos feitos para o cumprimento dessas dívidas. Mas “não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe”, diz a sabedoria popular...

Todos nós, torcedores do tricolor, sonhamos com a conquista de um novo título nacional ou internacional e, consequentemente, com uma nova estrela dourada nas nossas camisas.

Numa conversa, recente, com o ex-Conselheiro Fábio Rocha, eu dizia a ele que, a meu ver, a terceira estrela do Bahia já foi conquistada e isto nos inspirou a escrever a “quatro mãos” este singelo artigo.

Em outra cor, quem sabe verde, simbolizando a esperança, essa “terceira estrela”, é a da “democracia tricolor”, a que transformou a realidade do nosso clube.

As conquistas são sempre produto de um trabalho em equipe, como sabemos.

Mas no futebol, aquele que faz o gol na final, o gol do título, fica sempre na memória do torcedor, não foi diferente nos títulos nacionais, com Alencar e Bobô.

Na conquista de 2013, o Conselheiro Jorge Maia, símbolo da resistência e da ação que nos trouxe a conquista da democracia, precisa ser citado aqui, por aquele “gol de letra”.

Diferentemente dos títulos de 59 e 88, em que as estrelas douradas são bordadas nas camisas, a “estrela verde” de 2013 precisa ser “certificada”, a cada eleição, pelos seus sócios-torcedores.

Sobre essa conquista, a “estrela de 2013”, o exConselheiro Fábio Rocha vai poder nos contar também neste artigo com mais propriedade sobre o processo de construção do que chamamos de Democracia Tricolor.

É isto Amorim, você que tem uma tradição familiar de várias gerações de tricolores sabe como poucos que diferente do futebol no campo da gestão, apenas nos últimos 8 anos, começamos a trilhar este caminho de bons exemplos de seriedade, profissionalismo e pensamento além das quatro linhas.

Eleições diretas para Presidente, mudanças revolucionárias no nosso Estatuto, Conselho Deliberativo Proporcional ao resultado das eleições, gestão financeira equilibrada, práticas de referência no campo da governança corporativa, pagamento de dividas passadas milionárias, montagem de elencos próprios, revelações das divisões de base e muito mais são elementos comuns deste nosso novo Bahêa.

Tive esta oportunidade divina de viver isto intensamente durante 6 anos como Conselheiro, ex-Coordenador da Comissão de Futebol de Base pelo Conselho Deliberativo, realizando palestras no campo da gestão de carreira para os garotos das divisões de base, apoiando a construção do I Seminário do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia e todas estas vivências me dão a certeza que o fortalecimento cada vez maior de bandeiras como: profissionalização de gestão, democracia tricolor e olhar de longo prazo não são luxos e sim condição sinequanon para sobrevivência neste também novo mundo do futebol.

Os desafios são muitos, a cobrança por resultados gigantes, mas, voltar a ter esperança que um titulo de peso possa ser realidade nos próximos 3 a 5 anos, é bom demais.

Claro que ainda estamos longe do ideal, muito a avançar e podemos começar a colher resultados também no futebol à altura do Esporte Clube Bahia, defendemos inclusive, eu e todo Grupo do 100% Bahêa, um projeto de longo prazo, denominado Bahia 2031, que pense antecipadamente o cenário desejado dos 100 anos de aniversário do nosso tricolor.

Aos últimos Presidentes, Vice-Presidentes, Mesas-Diretoras do Conselho Deliberativo, Conselheiros e todos os demais das equipes destas últimas gestões do nosso tricolor.

Nossas homenagens e agradecimento a todos.
BBMP E SAUDAÇÕES TRICOLORES!

*Antonio Amorim, Torcedor Tricolor e Sócio -Torcedor
Fábio Rocha, Torcedor Tricolor, Sócio-Torcedor, Ex-Conselheiro do Esporte Clube Bahia, Ex-Coordenador da Comissão de Futebol de Base e Membro do Grupo 100% Bahêa

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