BNews Agro

Produtores de soja e de algodão investem em aviões e aeronaves são os novos táxis das fazendas do oeste baiano

Reprodução/ Aiba
São de ultraleves a jatinhos, cujos preços chegam a US$ 5,5 milhões (R$ 28,6 milhões)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Aiba

Publicado em 25/07/2021, às 11h23   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O crescimento do agronegócio na região Oeste da Bahia transformou aviões, como monomotores e jatinhos, em táxis. Eles estão substituindo os carros em trajetos mais longos e apontam para uma mudança no comportamento dos produtores: eles querem economizar tempo nos deslocamentos entre as propriedades. 

Os aeródromos da região estão cheios. Em Barreiras, o pequeno aeroporto local tem cem lotes, mas já está com cerca de 40 hangares construídos, abrigando aproximadamente 120 aeronaves.

De acordo com O Globo, são de ultraleves a jatinhos, cujos preços chegam a US$ 5,5 milhões (R$ 28,6 milhões). Isso sem mencionar os aviões agrícolas, que fazem pulverização das lavouras entre outras coisas e custam aproximadamente US$ 1 milhão (R$ 5,2 milhões).

Kleber Rebouças Rangel, fundador da Associação Barreirense Aerodesportiva (ABA), que também é responsável pelo condomínio do aeroporto da cidade, diz que, em média, são realizados 40 pousos e decolagens por dia no local. “O avião virou um equipamento necessário na agricultura. É o táxi da fazenda”, destacou Rangel.

Uma análise da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) apontou que o número de voos em aeronaves executivas cresceu 27,3% nos primeiros cinco meses de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. O agronegócio seria o principal fator para este crescimento.

No oeste baiano, as aeronaves estão sendo utilizadas para além do deslocamento entre propriedades: trouxeram a família para perto em tempos de pandemia.

“Temos jatinho de US$ 5 milhões aqui. Essas aeronaves são usadas para os produtores buscarem a família, para viajarem de férias. Não temos aviação comercial atuante aqui, então o jato é para isso”, afirma Rangel. 

Os modelos mais robustos, como turboélices, a maioria dos fazendeiros que têm aeronaves na região deixa para outra função, pois podem pousar também em pistas de terra.

Ainda segundo O Globo, Rangel citou que o mercado de venda de aeronaves usadas na região foi reforçado e que, quem queria ter um avião, mas ainda não comprou, precisará esperar.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp