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Agro cai 2,5% no PIB do 1º semestre; saiba se impacto reflete na Bahia

Tomaz Silva/Agência Brasil
A queda é resultado do baixo desempenho na produção de safras significativas no 1º semestre  |   Bnews - Divulgação Tomaz Silva/Agência Brasil

Publicado em 03/09/2022, às 07h33 - Atualizado às 07h35   Beatriz Araújo


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O setor da agropecuária registrou uma queda de 2,5% no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta quinta-feira (1º), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda é resultado do baixo desempenho na produção de safras significativas nos últimos seis meses.

O menor desempenho registrado foi na produção de soja, o equivalente a -12,0%, em seguida, no arroz, com -8,5%. Os índices negativos acabaram escondendo o crescimento do milho, que teve um aumento de até +27% na safra, assim como o café, com +8,6%.

Apesar do registro negativo para o agro, segundo o IBGE, houve também uma contribuição positiva da pecuária para o setor, sobretudo em razão dos bovinos.

Bahia

A queda do agro no PIB do 1º semestre, no entanto, conforme aponta a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri-BA), não se aplica ao setor da agropecuária na Bahia.

“Baseada nos estudos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) O PIB do agronegócio baiano chegou a r$ 22,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa 24,3% do PIB estadual para o período, superando os 24% de 2021”, informou o superintendente da pasta, Claudemir Nonato.

Além disso, segundo a Seagri, ainda não foi publicado o resultado para o segundo trimestre de 2022, no entanto, a pasta diz acreditar que para o agronegócio baiano haverá crescimento, uma vez que o desempenho da safra de grãos no estado aponta um crescimento de 8,2% em relação à safra passada, saindo de 10,5 milhões de toneladas para 11, que foi o maior resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.

O destaque do resultado, inclusive, é a soja, que já teve a colheita concluída, com um aumento, segundo IBGE, de 6%, em relação à safra passada; já o milho primeira safra apresenta um aumento de 15,3% e o milho segunda safra, apresenta um aumento de 8,3%, sendo assim esperamos que os dados do agronegócio tenha crescimento.

“Destacamos que as áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 4,3 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 4,3% na comparação anual”, ressaltou Nonato.

A secretaria também aponta que os números do IBGE consolidam a tendência de crescimento do setor na Bahia para o ano de 2022. “Há avanços consideráveis na maioria das culturas, no campo de cereais, oleaginosas e leguminosas”, garantiu.

“Destacamos que a atividade Agropecuária é a mais importante da economia baiana e é sobre ela que o Estado deve focar os esforços para alavancar as ações pós pandemia, uma vez que não paralisaram suas atividades”, pontuou o superintendente.

Os investimentos vultosos, tanto do setor privado como do setor público, de acordo com a Seagri, merece destaque, já que contribuirá para a retomada da economia. “A demanda de mercado em alta favorecerá o aumento de consumo, e a agropecuária será muito importante para essa retomada”, explicou.

“A Seagri tem buscado articular com todos os setores agropecuários para facilitar a inserção de novos investimentos no Estado”, finalizou Nonato.

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