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Agro foca mais em gado do que em pessoas, diz presidente da Cibra

Declaração foi dada em seu livro "Liderança e Gestão de Pessoas no Agronegócio" - Divulgação
Santiago Franco aposta na gestão de pessoas para obter sucesso no setor  |   Bnews - Divulgação Declaração foi dada em seu livro "Liderança e Gestão de Pessoas no Agronegócio" - Divulgação
Alex Torres

por Alex Torres

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Publicado em 04/11/2023, às 15h50 - Atualizado às 16h04


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Presidente da Cibra Fertilizantes há mais de uma década, o colombiano Santiago Franco afirmou que o agronegócio foca mais em trabalhar com gado do que com pessoas. A declaração foi dada em seu livro "Liderança e Gestão de Pessoas no Agronegócio".

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De acordo com Franco, a tecnologia levará a uma revolução no campo e que, sem gestão de pessoas, não há como obter sucesso. À frente da companhia, o presidente fez a Cibra saltar de R$ 70 milhões para R$ 8 bilhões em vendas.

Em entrevista concedida à Folha de São Paulo, ele explicou a fala colocada em seu livro e justificou o pensamento acerca da importância de pensar também nas pessoas.

"Não sei se trata melhor o gado, mas os gestores focam no gado mesmo, na produtividade, na eficiência, no custo. Embora hoje existam empresas muito grandes, a maioria delas é familiar e a gestão passa de pai para filho. Quando contratam profissionais, a preocupação é sempre na parte técnica. É um setor em que predominam o comando e o controle. Quem manda, manda. Obedece quem tem juízo", brincou Franco.

O presidente da Cibra ainda pontuou a importância de capacitar os funcionários mediante ao avanço da tecnologia. Segundo ele, "não é mais possível tocar o negócio do jeito de sempre", devido a necessidade de treinamentos específicos para lidar com o maquinário do agronegócio.

Por fim, Franco ainda falou sobre a rotatividade de pessoas nas empresas do agro. Apesar da Cibra ter uma mudança de funcionários bem abaixo do normal de mercado, ele acredita que o gestor precisa ter uma estratégia que consiga relacionar os indivíduos aos processos.

"Os gestores ainda olham muito para a operação. No meu caso, eu dedico pelo menos 50% do meu tempo às pessoas e a outra metade, aos processos. É preciso conectar a estratégia às pessoas e deixar as pessoas tocando a operação", concluiu.

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