Avanço na produção de manga no Vale do Rio São Francisco gera frutos sociais à região

A Agrodan, maior produtora e exportadora de mangas do Brasil, que completará 35 anos em novembro, tem tido uma influência direta na mudança do perfil econômico e social do Vale do Rio São Francisco. Isto porque, de acordo com o Valor Econômico, a empresa, que já conta com sete fazendas de manga e chegou a faturar R$ 150 milhões em 2021, tem investido em diversas ações para garantir frutos sociais à região.

Fundada 1987, a Agrodan substituiu a goiaba pela manga, e abandonou a uva e a banana à medida em que o novo fruto preferido da empresa ia prosperando. Isso levou à Agrodan o título de maior produtora e exportadora de manga do Brasil, com destaque para o cultivo das variedades kate e kent, também desenvolvidas nos Estados Unidos da América (EUA).

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Com uma área de cultivo de 1,4 mil hectares, distribuída por sete fazendas em Belém do São Francisco e nas cidades baianas Abaré e Curaçá, a Agrodan possui, ainda, um packing house que trata as frutas em Belém do São Francisco, onde atuam cerca de 1,3 mil funcionários registrados no total, o que até o final de 2022 deve resultar na produção de 34 mil toneladas.

A estimativa é que, ainda este ano, 93% da produção seja destinada à Europa ocidental, ao Leste Europeu e a outros destinos, partindo dos portos de Natal, Fortaleza e Salvador. O processo de expansão da produção do fruto vai financiar também a ampliação dos investimentos sociais, a exemplo da Escola Professora Olindina Roriz Dantas, inaugurada em 2017 pela empresa, e que possui mais de 300 crianças matriculadas.

A chamada “Rota da Manga” será viabilizada através de acordos já firmados com grandes redes varejistas como Carrefour, Pão de Açúcar, Natural da Terra e Oba, além de uma estratégia de vendas que já vem sendo desenvolvida, e que é baseada nas variedades kate e kent, não tão conhecidas pelos brasileiros.

Crescimento

Com o significativo crescimento da produção de manga, a Agrodan espera ampliar faturamento para R$ 250 milhões até 2026 e R$ 500 milhões até 2028. Para isso, a empresa já investe na aquisição de novas áreas de produção para que a área de cultivo aumente para 2 mil hectares nos próximos quatro anos.

O processo de expansão resultará também em uma produção de cerca de 40 mil toneladas de manga por ano, o que pode chegar a R$ 100 milhões, dos quais R$ 20 milhões devem ser destinados a um novo packing house, que está praticamente pronto. O equipamento tem, ainda, a capacidade para processar 80 mil mangas por hora.