Bahia Farm Show: Presidente da Abapa estima redução de 10% na próxima safra de algodão

O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luís Carlos Bergamaschi, afirmou nessa sexta-feira (3) que a próxima safra de algodão terá uma redução de cerca de 10% em relação à safra passada. Em entrevista ao BNews, durante a 16 edição da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, Bergamaschi explicou que a diminuição do volume de chuvas entre os meses de março e abril impactaram na produtividade da fibra.

“Nós teremos uma safra menor que a do ano passado. Ocorreram, pontualmente, uma diminuição no volume de chuvas, principalmente entre março e abril, então deveremos ter uma redução na produtividade, em torno de 10%. Mesmo assim, a produção total será maior que a do ano passado porque a área aumentou. No ano passado foram 266 mil hectares e neste ano são 307. Em 2021, foram 315 arrobas e para este ano a estimativa é de 380 arrobas”, detalhou o presidente da Abapa.

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O Sudoeste do estado responde por 5,94 mil hectares, do total de 307,65 mil ocupados por este cultivo na Bahia. No passado, o Sudoeste foi o grande polo produtor de algodão na Bahia, mas o posto foi perdido para o Oeste, onde se concentra o bioma do cerrado no estado. Na primeira, prevalece o cultivo pelos pequenos produtores, enquanto a segunda é marcada pela agricultura de porte empresarial. A soma da produção dos dois polos faz do estado o segundo maior produtor de algodão no Brasil.

Ainda segundo o presidente da Abapa, a receita da próxima safra do cultivo deve ser menor do que a atual. “A safra do ano que vem está nesse processo. Aumento de preços, o fertilizante puxando esses custos e o produtor já está se organizando para viabilizar essa safra. Acreditamos que terá ligeiramente uma área inferior em relação a atual safra com custo menor e provavelmente uma receita menor, ou seja, a margem da safra seguinte deve ser menor”, afirma.

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Luís Carlos Bergamaschi avaliou ainda a retomada da Bahia Farm Show 2022, maior evento de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste, que ficou suspenso por dois anos consecutivos em razão da pandemia.

“Você percebe a alegria dos produtores de toda a feira, a animação por conta desse encontro presencial, essa troca de informações. É uma feira de tecnologia, mas muita informação e inovação e esse convívio e contato prospecta muitos negócios é isso traz inovação para o campo que nos garante sempre a produtividade e a manter os índices que temos”, afirma.

*O repórter Diego Vieira viajou para Luís Eduardo Magalhães para cobertura da Bahia Farm Show

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