BNews Agro
Publicado em 15/03/2023, às 16h01 Cadastrado por Maria Clara
Muitos não sabem, mas a pecuária é considerada o principal motor de desmatamento na Amazônia, pois o pasto cobre cerca de 90% da área total desmatada e mais de 90% dos novos desmatamentos são ilegais. Praticamente metade do rebanho do Brasil está concentrado nos estados da região. Sabendo disso, o Instituto O Mundo Que Queremos (IOMQQ) desenvolveu o Radar Verde, um indicador que avalia o quanto frigoríficos e supermercados demonstram ter um sistema de controle para evitar a destruição da floresta.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil tem pelo menos 218 milhões de cabeças de gato. Sendo que 93 milhões estão no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão.
Quando o boi nasce até o abate e processamento da carne, o animal passa por até quatro fazendas, que podem estar contribuindo ou não para o desmatamento. “É um direito do consumidor saber de que forma os fornecedores da carne evitam que a pecuária esteja ligada à destruição da floresta”, afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do O Mundo Que Queremos e um dos coordenadores do Radar Verde.
Em 2022, 90 frigoríficos e 69 redes varejistas foram convidados a comprovar que suas políticas garantem que a carne que compram e vendem não está associada ao desmatamento na Amazônia. Apenas 5% das empresas aceitaram participar e nenhuma autorizou a divulgação de sua classificação final.
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