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BNews ESG: Startup de biotecnologia cria plataforma de edição genômica voltada para a agricultura sustentável

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Startup nacional apresenta soluções que reduzem o uso de fertilizantes e pesticidas químicos  |   Bnews - Divulgação Divulgação | Freepik

Publicado em 15/11/2023, às 11h39 - Atualizado às 11h58   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Para ajudar a reduzir o impacto dos fertilizantes e pesticidas químicos no meio ambiente e garantir a produtividade frente às ameaças das mudanças climáticas, contribuindo assim com a sustentabilidade da produção global de alimentos, a startup nacional InEdita Bio criou uma plataforma de edição genômica aplicável para todas as culturas agrícolas.

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Com esse sistema operacional é possível desenvolver variedades resistentes a pragas e doenças, variedades com maior capacidade de fixação biológica de nitrogênio, e variedades mais resilientes a episódios de seca e altas temperaturas. 

A startup atua como uma empresa de inteligência em Life Science (Ciência da Vida), utilizando a engenharia molecular para aumentar a sustentabilidade do agronegócio.

A plataforma permite a edição de genes chaves da própria planta, envolvidos no metabolismo celular e no desenvolvimento possibilitando a melhoraria de qualquer característica agronômica desejável.

O aplicativo pode ser utilizado com qualquer método de transfecção celular (Processo industrial de introdução internacional de ácidos nucleicos nas células), incluindo tecnologias que utilizam ferramentas biológicas como a Agrobacterium tumefaciens, ou ferramentas físicas como o bombardeamento com micropartículas ou o uso de nanotubos de carbono. 

"As plantas genômicamente editadas pela startup precisam de menos água e menos aplicações de fertilizantes e pesticidas químicos do que as culturas convencionais”, explica o professor Paulo Arruda, sócio fundador e CEO da InEdita Bio. 

Para se ter uma ideia do impacto positivo que a criação da startup pode ter na agricultura, 70% da água doce consumida no planeta é utilizada na produção de alimentos, segundo dados das ONU.

No Brasil, onde a atividade agrícola é muito intensa, esse número pode ser ainda mais expressivo. Além disso, a produção de grãos tem, atualmente, um alto custo por conta dos insumos utilizados. Por isso, soluções como essa podem ser o ponto de virada na maneira como se produz alimentos no Brasil e no mundo, já que a biotecnologia tem se mostrado uma ferramenta importante para a sustentabilidade e segurança alimentar.

"Hoje, cerca de 90% do milho, algodão e soja cultivados nos Estados Unidos possuem biotecnologia – e os agricultores estão optando pela biotecnologia para outras culturas, como alfafa, beterraba e canola", acrescenta o pesquisador.

“O Brasil, pelo seu clima extremamente favorável, tem potencial de aumentar ainda mais a produção das grandes culturas. Mas, precisamos aumentar significativamente a sustentabilidade de nossa agricultura e, para isso, precisamos de soluções que levem em consideração a preservação do meio ambiente, a produtividade e a eficiência no campo”. O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, líder na produção de soja, responsável por 40% da produção global. Mas nossa soja faz uso intensivo de pesticidas químicos com um custo econômico que chega próximo dos 3 bilhões de dólares por ano”, explica Arruda.

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