Cerrado brasileiro prioriza manutenção da saúde dos solos

O produtor rural vem utilizando muita tecnologia e inovação no campo, sobretudo em razão dos altos índices de produtividade registrados em diferentes regiões do Brasil. Entre os avanços importantes do setor está a incorporação cada vez mais frequente de insumos biológicos nos sistemas produtivos associados a adoção de boas práticas de manejo e conservação dos solos.

A iniciativa adotada pelo Cerrado brasileiro já traz um novo olhar para a agricultura tropical, fato que tem demonstrado a responsabilidade do produtor rural na condução de ações cada vez mais sustentáveis. De acordo com o engenheiro agrônomo e sócio proprietário da empresa JCO Bioprodutos, José Cláudio de Oliveira, a agricultura sustentável é fundamental para o setor.

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“Nós da JCO atuamos hoje em uma área aproximada de 4 milhões de hectares, e ao longo do tempo através de pesquisas sistemáticas sempre buscamos promover uma agricultura mais sustentável, em que a saúde do solo e a utilização de microrganismos promotores de crescimento das plantas trazem benefícios diretos ambientais e econômicos na área de produção, e consequentemente para a microbiota do solo”, informou o empresário.

Para atender a demanda personalizada do produtor rural, a empresa, que atua há 25 anos no mercado agrícola, tem conduzido diagnósticos de campo associados ao desenvolvimento de pesquisas com equipe técnica especializada e laboratório.

Responsável pela análise microbiológica do solo na JCO Bioprodutos, o pesquisador Leonardo Barbosa afirma que “os microrganismos desempenham funções essenciais aos sistemas de produção agrícola como, a decomposição da matéria orgânica, solubilização de nutrientes, supressão de fitopatógenos e estímulo ao crescimento vegetal”.

Neste cenário, segundo o especialista, a associação de práticas agrícolas que visem manter e aumentar a biodiversidade microbiana do solo com a aplicação de bioinsumos (inoculantes e bioprotetores) é uma estratégia essencial para a produção, já que contribui para a construção de um sistema mais equilibrado e regenerativo.

Já para a engenheira agrônoma e mestre em agronomia, Luciane Oliveira Miller, “a integração de insumos biológicos no sistema produtivo, associados a condução de uma agricultura de baixo carbono, através da adoção de diferentes práticas de manejo e conservação do solo tornam o ambiente mais sustentável e uma agricultura mais resiliente, promovendo um ganho em escala, com aumento de produtividade e manutenção das condições físicas, químicas e biológicas do solo, tendo impactos positivos diretos na conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos”.