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China volta a crescer e impactar exportações do agro brasileiro

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Recuperação da China é fundamental para a economia global  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay

Publicado em 04/02/2023, às 11h33   Cadastrado por Lorena Abreu


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A atividade econômica da China voltou a crescer em janeiro, depois da redução dos casos de covid-19 no país e do afrouxamento das medidas restritivas impostas pelo governo de Xi Jinping.

Uma boa notícia para o agro brasileiro, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, segundo o Canal Rural, e responsável por 33% de toda a exportação agropecuária.

Mas os especialistas dizem que a partir de agora, a economia do país asiático não deve repetir o crescimento dos anos anteriores.

A China também sentiu os efeitos da covid-19 na sua economia.

No primeiro ano de pandemia em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês foi de apenas 2,2%, o menor em quase 50 anos.

Já em 2021, o crescimento foi de 8,2%, dentro da média dos últimos 10 anos, mas é preciso levar em consideração que a base anterior foi muito ruim.

Em 2022 com o aumento do número de casos e a política de covid zero imposta pelo governo chinês a economia chinesa estagnou e fechou o ano com crescimento de apenas 3%, o segundo pior desde a revolução comunista em 1976.

Com a crise mundial, a demanda externa por produtos chineses despencou, o desemprego no país aumentou, o consumo interno caiu e a população chinesa diminuiu pela primeira vez em mais de seis décadas, com uma redução de 850 mil habitantes em um ano.

Depois de vários protestos organizados pela população por todo o país em dezembro e a flexibilização das restrições, a economia chinesa começa a dar sinais de recuperação, embora ainda em ritmo lento.

A China é o maior exportador e o segundo maior importador do planeta.

A recuperação desse player gigante do mercado internacional com uma população de 1,4 bilhão de pessoas é fundamental para a economia global, especialmente para o agro brasileiro, já que 33% das exportações agropecuárias tem como destino a China e Hong Kong.

Mas a partir de agora, a China não deve repetir PIBs de dois dígitos como no passado.

Mesmo antes da pandemia, a economia chinesa já vinha desacelerando nessa última década, resultado de um bolha financeira criada pelo próprio governo, quando liberou crédito demais aos chineses durante a crise mundial de 2008, além disso, a economia chinesa vive um momento que os economistas chamam de armadilha da renda média.

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