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Comercialização da safra de soja brasileira 2022/23 não alcança meta de produção esperada

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Avanço mensal da comercialização foi de 4,6 pontos percentuais, aquém do estimado  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 12/10/2023, às 13h03 - Atualizado às 13h08   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Até o dia 6 de outubro, a comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja alcançou 85,3% da produção esperada, abaixo dos 87,7% observados em igual período do ano passado, dos 98,1% do recorde da safra 2019/20 e da média dos últimos cinco anos, de 92,1%. Esses são dados do levantamento realizado pela DATAGRO Grãos.

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O avanço mensal foi de 4,6 pontos percentuais (p.p.), aquém dos 6,8 p.p. registrados no mês anterior, mas acima dos 3,5 p.p. do mesmo período do ano passado e dos 3,3 p.p. da média normal. O fluxo ficou dentro das expectativas da pesquisa, reflexo da leve valorização dos preços em setembro, além da necessidade de alavancagem de recursos para a aquisição de insumos para a safra de inverno.

Considerando a atual estimativa de produção em 157,07 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram, até a data analisada, 133,96 mi de t de soja. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava relativamente maior, mas menor em termos absolutos, chegando a 114,52 milhões de toneladas.

Safra 2023/24

As negociações da safra 2023/24 também andaram melhor no período analisado. O estudo aponta para 21,9% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 3,8 p.p., acima dos 1,2 p.p. em semelhante época do ano passado e dos 3,4 p.p. da média plurianual.

A despeito do bom incremento e de se encontrar acima dos 17,4% compromissados em 2022, o ritmo permanece abaixo dos 50,0% do recorde da safra 2020/21 e dos 29,2% da média plurianual.

Milho

O levantamento mostra que a comercialização do milho da safra de verão 2022/23 no Centro-Sul do Brasil avançou 6,8 p.p., acima da média normal para o período, de 4,1 p.p.

Com isso, as vendas alcançaram 79,2% da produção esperada, contra 72,4% no levantamento anterior, 81,5% em igual momento de 2022 e 87,5% na média dos últimos 5 anos. Com previsão de safra em 20,2 milhões de toneladas, os produtores comercializaram 16,0 milhões de toneladas.

“A firme demanda, a alta dos preços em parte das praças, o avanço da colheita de inverno e as deficiências da estrutura de armazenagem na região Central do País levaram os produtores a acelerarem um pouco as vendas do milho”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.

 A comercialização da safra de inverno 2023 da região, estimada em 95,8 mi de t, chegou a 59,1%, contra 51,7% no levantamento anterior, 61,2% na mesma data do ano passado e média plurianual de 75,2%.

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