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Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário criticam invasões do MST em audiência no Senado Federal

Geraldo Magela/Agência Senado
"Agora, faz seis anos que nenhum centímetro de terra é entregue para o povo brasileiro", afirma Teixeira  |   Bnews - Divulgação Geraldo Magela/Agência Senado

Publicado em 04/05/2023, às 16h39   Cadastrado por Rafael Abbehusen


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Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, nesta quinta-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, voltaram a defender a retomada do programa de reforma agrária. Ambos ainda aproveitaram a ocasião para criticar as invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Para Fávaro, é papel do Estado é promover a reforma agrária para "quem tem vocação e deseja ter um pedaço de terra para produzir". Ele defendeu a presença do líder do MST, João Pedro Stédile, na comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem à China, em abril passado.

"Engraçado como são as coisas, o preconceito neste país. Ninguém fala dos mais de 100 empresários que acompanharam a comitiva. Por que não pode um líder social ir lá também para buscar oportunidades em causas sociais? Por que não pode um sindicalista fazer parte da comitiva presidencial? Mas não tem posicionamento dúbio: invasão de terras não é legítimo. Não devemos apoiar. […] Não é concebível apoiar invasão de terra. Da minha parte nunca o farei", afirmou.

Já na visão de Teixeira, o governo federal não tem "qualquer leniência (" com a invasão de terras. Segundo o ministro, a condição que o Poder Executivo impõe para negociar o assentamento de famílias é a liberação de áreas ocupadas.

"Isso é uma exigência do governo: com áreas ocupadas, não negociamos. Não há desse governo qualquer leniência com esse tipo de problema. Agora, faz seis anos que nenhum centímetro de terra é entregue para o povo brasileiro. O programa de reforma agrária acabou. O presidente Lula pretende anunciar em maio um programa de reforma agrária para 2023. Um programa que possa trazer não só a terra, mas infraestrutura, crédito e assistência técnica", disse.

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