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Peças de reposição sem procedência colocam máquinas e lavoura em risco; entenda

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Com crescente oferta de componentes paralelos para máquinas, produtores podem cair em armadilhas  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/12/2023, às 08h25   Cadastrado por Verônica Macêdo


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O desenvolvimento de equipamentos agrícolas é algo muito complexo e que requer anos de trabalho, investimento e profissionais capacitados para entregar aos produtores soluções duráveis, eficientes e que garantam resultados no campo. No mesmo compasso que as tecnologias avançam no setor, o mercado paralelo de peças para reposição de componentes de máquinas, equipamentos e implementos segue o ritmo, gerando preocupação e risco às lavouras.

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Às vezes, os agricultores, considerando os preços mais atrativos, disponibilidade imediata e ofertas tentadoras, acabam se descuidando da qualidade dessas peças de reposição que não oferecem segurança ou garantias. De acordo com Marcelo Henrique Hagemann, diretor de operações da FertiSystem, empresa brasileira especialista em tecnologias para plantio e distribuição de adubos, é preciso ter muita atenção com este tema.

Segundo ele, quando uma equipe de engenheiros de uma empresa desenvolve um conceito, eles aplicam materiais que vão garantir a eficiência e durabilidade do mesmo, afinal, eles dedicaram muito tempo no projeto. Somado a isso, há diversos investimentos das fabricantes com estudos e pesquisas.

“Quando o produtor escolhe uma peça de reposição de segunda ou terceira linha, sem procedência, ele está correndo riscos. Embora o custo dos produtos originais possa parecer alto em comparação a soluções paralelas, a qualidade dos materiais impacta diretamente na durabilidade e eficiência dos equipamentos”, pontua Hagemann.

Além disso, a utilização de peças de reposição sem procedência certificada compromete não apenas a vida útil do equipamento, mas também afeta a produtividade no campo, impactando negativamente o resultado final da colheita.

“Uma máquina não vai ter o mesmo desempenho com componentes que não são originais. Nisso entram os critérios de excelência, qualidade, desempenho, durabilidade e o financeiro”, detalha o profissional.

Dicas de como não errar

Segundo o especialista, há diversos sinais que o produtor pode ficar atento para não cair em armadilhas ao fazer compras pela internet ou lojas desconhecidas. O primeiro deles é o preço. Quando a peça estiver muito mais barata que o valor médio do mercado, pode desconfiar. Preços significativamente abaixo do mercado geralmente estão associados a produtos alternativos.

Outro ponto importante é o aspecto físico do componente, ou seja, uma observação visual detalhada é o suficiente para a distinção entre produtos originais e alternativos. “Uma coisa muito evidente, falando principalmente dos nossos dosadores de adubo, é a sua pigmentação. Já os produtos paralelos às vezes nem têm atenção nesse detalhe. Portanto, a aparência visual é muito importante para que se consiga identificar em primeira instância se está comprando um produto original ou não”, reforça o profissional da FertiSystem.

O local de venda também diz muito sobre seus produtos. Caso a compra seja feita em alguma revenda especializada, o recomendado é buscar aquelas autorizadas pelas fabricantes. Já em caso de aquisições pela internet o ideal é fazer uma pesquisa sobre a reputação dessa loja virtual e buscar informações sobre reclamações.

Com esses cuidados, as chances de cair em golpes de falsificadores são muito menores. “Temos diversas ações contra produtos indevidos e seguimos sempre acompanhando e denunciando. Sempre pedimos aos clientes que, em caso de suspeita sobre a procedência de qualquer componente, entrem em contato conosco por meio dos nossos canais digitais que prontamente responderemos”, finaliza Hagemann.

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