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Mudança do Garcia: não morreu e nem morrerá

Imagem Mudança do Garcia: não morreu e nem morrerá
Mas é preciso admitir que mudou e não foi pouco   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/02/2012, às 18h51   Luiz Fernando Lima



Não morreu e nem morrerá. Esta é proposta de quem participou da tradicional Mudança do Garcia. O ato acontece toda segunda-feira de Carnaval e é o espaço tido como o mais democrático da folia em Salvador.

Apesar das palavras de incentivo, o que se vê é uma mudança esvaziada e com pouca organização, a distância entre os “blocos” é um dos indícios de que alguma coisa de fato mudou.

A mudança sempre foi reduto de políticos de tendência de centro-esquerda. A irreverência e o momento para falar de coisa séria durante a festa de Carnaval também são característica deste evento.

As fantasias, faixas e cartazes com pedidos, cobranças, criticas e elogios também tomam as ruas do bairro que original. No campo político, não ficou ninguém de fora, Dilma Rousseff, Jaques Wagner e Jorge Henrique foram alvo de criticas.

Vale a ressalva que na mudança do Garcia deste ano alguns blocos foram “financiados” pelo governo estadual e federal. A própria mudança também tem o apoio do poder público. Entre os blocos destaca-se também os de algumas personalidades políticas.

O Bloco do Galo, do deputado estadual Marcelino Galo (PT), entrou pelo terceiro ano consecutivo no circuito batizado (informalmente) como Riachão. A deputada estadual, também do PT, Luiza Maia, levou para a festa a defesa do seu projeto de Lei comumente chamado de Projeto Antibaixaria.

Os petistas não acreditam que o fato de estarem no comando das administrações federal e estadual afete a proposta da mudança. “Há uma confusão muito grande neste sentido. O PT é parte do governo. Nós estamos num processo, no qual precisamos trabalhar para fortalecer o projeto e politizar a sociedade”.

Fotos: Roberto Viana // Bocão News
Nota publicada às 16h

Classificação Indicativa: Livre

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