Olimpíadas

Chamado às pressas, acriano Weverton defende bola do ouro

Publicado em 20/08/2016, às 21h21   Folhapress


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Weverton foi para debaixo da baliza do Maracanã para a disputa de pênaltis com um currículo invejável: o de maior pegador de penalidades no Brasileiro-2015 --três defesas pelo Atlético-PR.

Na quinta cobrança alemã, de Petersen, um dos três rivais com idade acima dos 23 anos, Weverton, 28, defendeu. E o técnico Rogério Micale deve ter agradecido muito em pensamentos seu amigo Paulo Autuori, técnico do time paranaense.

Foi Autuori, uma espécie de mentor de Micale, que em uma conversa disse para o técnico do Brasil olímpico levar Weverton para a vaga de Fernando Prass. O goleiro do Palmeiras, que também é bom em pegar pênaltis, foi cortado da Olimpíada quatro dias antes da estreia devido a uma fratura no cotovelo.

O substituto seria titular, já que o reserva, Uilson, 22, do Atlético-MG, não joga regularmente em seu clube, e foi chamado por ter idade olímpica (sub-23).

Weverton entrou, de certa maneira, em uma verdadeira "roubada", já que de última hora, sem ter participado de nenhum jogo preparatório da seleção olímpica, seria o titular em uma campanha que prometia ser espinhosa, e foi.

Apesar de ter sofrido seu primeiro gol na Rio-2016 somente na final contra a Alemanha, Weverton não demonstrou segurança em partidas que o Brasil sofreu para empatar, na estreia contra a África do Sul, e depois contra o Iraque.

CARREIRA — Nascido em Rio Branco, no Acre, a convocação de Weverton fez o estado do Norte do país ganhasse seu único representante na Rio-2016. Ele começou no Juventus acreano, e fez uma atuação decente na Copa São Paulo de Juniores de 2006, quando acabou contratado pelo Corinthians.

Foi promovido ao profissional em 2007, com 20 anos, mas nunca se firmou, e aconteceu sua pior frustração no futebol: não ter feito um jogo pelo profissional da equipe do Parque São Jorge.

Weverton rodou o Brasil, emprestado ao Remo (PA), Oeste (SP), América (RN) e Botafogo de Ribeirão Preto, quando acabou sendo contratado em definitivo pela Portuguesa, onde fez bons jogos. Quando seu contrato acabou, fechou com o Atlético-PR, clube pelo qual já fez 222 partidas, e se firmou como ídolo por lá.

Neste sábado (20), Weverton comemorou a conquista com a bandeira do Acre, que ele pegou na arquibancada com um de seus familiares.

Classificação Indicativa: Livre

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