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Conheça a história do gato criado pela CIA para espionar soviéticos e que morreu atropelado por um táxi

Dennis Rowe/BIPs/Hulton Archive/Getty Images
Bnews - Divulgação Dennis Rowe/BIPs/Hulton Archive/Getty Images

Publicado em 01/04/2021, às 08h55   Redação BNews


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A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) tentou usar “gatos espiões” para “grampear” os soviéticos e conseguir informações na década de 1960. O fato é detalhado no livro de 2013 Frankenstein’s Cats, de Emily Anthes.

Segundo a obra, a agência gastou milhões de dólares e muitos anos de trabalho com objetivo de treinar o bichano para que entrasse em locais sigilosos, parasse perto de oficiais e transmitisse o que era falado pelo inimigo. O estudo apontou, na época, que o felino poderia ser treinado para entrar furtivamente nas embaixadas soviéticas, ou mesmo no Kremlin, onde registraria as conservações e as enviaria de volta aos agentes da CIA

Surpreendentemente, o animal sobreviveu à operação. Em sua missão-teste, se aproximar de um banco num parque e ouvir a conversa de dois homens, o gato apenas saiu andando sem rumo e foi atropelado por um táxi. 

A história do gato espião foi reconstituída após fartos documentos desclassificados naquela época e outras fontes da comunidade de inteligência da Guerra Fria.

De acordo com o livro, com o codinome “Operação Acústica Kitty”, o projeto envolveu vagamente a ideia de implantar um microfone no canal auditivo do gato e um pequeno rádio transmissor no crânio. Nos documentos, é explicado como os agentes experimentaram técnicas para comandar o gato com comandos auditivos, controlando efetivamente os movimentos dele, como um carro controlado remotamente.

“Muito dinheiro foi gasto. Eles abriram o gato, colocaram baterias nele, conectaram-no. A cauda foi usada como antena. Eles fizeram uma monstruosidade. Eles o testaram e testaram”, disse Victor Marchetti, um assistente especial do Diretor Adjunto da CIA na época, conforme relato do livro.

Segundo Marchetti, um dos primeiros gatos espiões morreu durante um experimento no mundo real. “Finalmente, eles estão prontos. Eles o levaram para um parque e apontaram para um banco do parque e disseram: ‘Escute esses dois caras’. Eles o puseram para fora da van, e um táxi veio e o atropelou. Lá estavam eles, sentados na van com todos aqueles mostradores, e o gato estava morto”, contou ele.

Marchetti se tornou um crítico aberto da comunidade de inteligência dos Estados Unidos. Ele era conhecido por apresentar algumas ideias controversas e duvidosas, algumas das quais foram consideradas teorias da conspiração, o que significa que seus insights sobre os bizarros ataques da CIA devem ser tomados com cautela.

Um relatório da CIA altamente editado intitulado “Views on Treined Cats” sugere que o projeto teve um pouco de sucesso, mas acabou sendo considerado inútil para a agência. No entanto, também observava: “Nosso exame final de gatos treinados para uso nos convenceu de que o programa não se prestaria de forma prática às nossas necessidades altamente especializadas”.

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