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Tráfico de animais: PF aprende centenas de peixes de espécies ameaçadas de extinção nos EUA

Divulgação / Polícia Federal
Bnews - Divulgação Divulgação / Polícia Federal

Publicado em 23/04/2021, às 07h43   Redação BNews



Centenas de peixes de espécies ameaçadas de extinção foram apreendidas durante uma operação que contou com a Polícia Federal (PF) do Brasil, no estado de Maryland, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (22). Essas e outras ordens judiciais também foram cumpridas por agentes e oficiais do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS) e do Departamento de Recursos Naturais de Maryland (DNR).

Na casa de um dos alvos da operação, a polícia encontrou 200 tanques de peixes killifish – espécie ameaçada de extinção – mortos em aquários, além de centenas de ovos, conhecidos por resistirem a ambientes extremos e longos períodos de desidratação.

Para a PF, a maioria desses animais foram capturados em áreas públicas brasileiras. Os ovos e os peixes eram anunciados e vendidos pela internet e entregues via correio. Segundo a Polícia Federal, os investigadores identificaram uma rede global de 84 suspeitos, em 24 países.

A corporação informou que, além da prática de ameaçar espécies que correm risco de extinção, o método de contrabando utilizado pelos suspeitos apresenta risco à saúde humana. As remessas de ovos e de peixes vivos eram contrabandeadas em condições deploráveis e são uma via potencial de transmissão de doenças, segundo os investigadores.

“Até o momento, as investigações transnacionais identificaram uma rede global de 84 suspeitos de 24 países, que traficam essas espécies por meio de plataformas na internet, das mídias sociais e do contrabando dessas espécies raras, endêmicas e ameaçadas via correio internacional”, informou a PF em nota.

Ainda segundo as investigações, os envolvidos se conectam por meio de clubes associativos e grupos de mídia social; participam frequentemente de viagens para coletar peixes diretamente da natureza, em habitats distantes e vulneráveis nos Estados Unidos, na América do Sul, na África e na Europa. Essas espécies, protegidas por lei e ameaçadas de extinção, são coletadas ilegalmente em terras públicas, parques nacionais e áreas protegidas, e depois vendidas em na internet e em mídias sociais.

Esta operação é um desdobramento de investigações realizadas no Brasil e em cooperação com autoridades europeias. Em 2019, a Polícia Federal identificou um biólogo – servidor público lotado no Aquário da Fundação de Parques Municipais e Zoobotância de Belo Horizonte – suspeito de enviar ilegalmente, para o exterior, ovos killifish.

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