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Moradora da Federação ajuda cachorros de rua desde 2004 e abre espaço de acolhimento em sua própria casa

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Esmeralda oferece tratamento médico aos que precisam e também castração; ela pretende abrir uma clínica gratuita para oferecer tratamento para esses pets em sua casa   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 21/05/2021, às 13h39   Laiz Menezes


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Beneficiar a população mais pobre de Salvador e favorecer o bem-estar dos animais de estimação é um sonho antigo da técnica em enfermagem, Esmeralda Oliveira, de 52 anos, que abriu em sua própria casa, em 2004, um espaço para acolher os bichinhos que vivem nas ruas da capital baiana. 

Ela mora no bairro da Federação e, além de ajudar com ração e água, ela ainda oferece tratamento médico aos animais que precisam e também castração. Em sua casa, além do espaço de acolhimento, Esmeralda pretende abrir uma clínica gratuita para oferecer tratamento para esses pets. “Eu peço todos os dias a Deus para não morrer antes de realizar meu sonho”, diz. 

Com o tempo de experiência, Esmeralda consegue ajudar os animais com socorros básicos, mas para que o local funcione como uma clínica veterinária gratuita, ela precisa de médicos e funcionários.

Para dar vida ao seu projeto, a profissional da saúde relata que precisa de ajuda da população e, principalmente, do poder público. A técnica em enfermagem criou uma conta no Instagram para divulgar seu trabalho social e também uma vaquinha para quem puder doar

“Infelizmente o poder público não dá importância para os animais. Se alguém de lá já tivesse tomado a iniciativa para construir um hospital público já teríamos uma forma de ajudar os animais de rua há muito tempo”, declara. 

Dona Esmeralda sai de sua casa todos os dias e vai andando até a Lapa e, no meio do caminho, ela ajuda todos os animais que encontra. “Quando minha coluna não está doendo, porque esses dias parei na emergência por causa disso, eu saio andando da Federação, passo pela Avenida Vasco da Gama e ajudo os animais que ficam embaixo do viaduto. Chegando na Lapa, eu vou para Piedade, Politeama e Barroquinha para tentar ajudar o máximo de bichinhos que eu encontrar. Mas minha coluna dói muito e eu não tenho recursos suficientes. Eu estou pedindo socorro, não aguento mais carregar esse peso sozinha”, apela.

Dados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam no país cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados no Brasil. Em Salvador, o número de casos de abandono de cachorros e gatos cresceu 860% durante a pandemia, segundo dados da Brigada K9, vinculada ao Corpo de Bombeiros Voluntários da capital. Por isso que o trabalho social feito por Esmeralda Oliveira para ajudar esses animais é tão importante.

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