Uniformizado, cachorro é adotado por gari e acompanha tutor na limpeza das ruas

Cachorro foi levado ao veterinário e, depois de cinco anos juntos, Alcenir considera Pretinho como um filho adotivo | Arquivo pessoal

Publicado em 02/09/2021, às 20h44 Redação BNews

Durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o gari Alcenir Aguiar de Oliveira adotou um cachorrinho e o chamou de Pretinho. O cão foi acolhido quando o profissional fazia a limpeza do Parque Olímpico de Deodoro, na Zona Oeste do Rio.

Alcenir, conhecido como “Mineiro” pelos colegas de trabalho da Comlurb, a empresa de limpeza urbana da capital fluminense, comprou um pequeno uniforme da Comlurb e faz sucesso nas redes sociais. “Eu fui trabalhar na Olimpíada e encontrei o pequenininho, abandonado em um posto de gasolina. Estava doente”, explicou Alcenir.

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O cachorro foi levado ao veterinário e, depois de cinco anos juntos, Alcenir considera Pretinho como um filho adotivo. “Levei ele para casa e hoje é como se fosse uma medalhinha de ouro que eu levei para mim. É um cachorrinho que me dá reconhecimento, carinho e atenção”, destacou o tutor.

Pretinho acompanha Alcenir em sua rotina de limpeza nas ruas do bairro Campo Grande, na Zona Oeste carioca, uma ou duas vezes na semana. O tutor explica que começou a levar o cãozinho para as ruas devido à saudade que o cachorrinho sentia quando era deixado sozinho em casa.

“Ele começou a vir trabalhar porque, quando eu venho no carro, ele quer vir. Fica desesperado. Está acostumado a andar comigo e ele vem. Ele não atrapalha em nada, fica quietinho me aguardando. Se está cansadinho ele me espera na sombra”, disse.

O cãozinho ainda tem acesso a água e comida durante o dia de trabalho e, além disso, o animal é muito educado. “Ele entende as coisas. Às vezes, você fica na porta. Eu falo: ‘Pretinho, você está na porta, papai quer passar aqui’. E ele vai para o cantinho. Não precisa bater, não precisa. Nada. Eu pego a vassoura e varro perto dele e ele não corre, porque não é judiado. O cachorro, quando é judiado, quando você pega a vassoura e varre perto dele, ele sai correndo. Esse aqui não. É assim que o bichinho merece ser tratado”, concluiu o tutor ao site Razões para Acreditar.