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Especialista explica se animais sofrem com transtornos mentais e podem tentar contra a própria vida

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Publicado em 22/09/2021, às 10h00   Laiz Menezes


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Os animais podem tentar tirar a própria vida? Apesar de ser um ato associado científica e historicamente a humanos, a pergunta já foi e vem sendo feita por estudiosos ao longo dos séculos, mas, até hoje, não chegamos a uma resposta comum. 

A zootecnista e doutora em ciência animal, Ana Carolina Ferreira, explicou ao BNews que a possibilidade de animais cometerem suicídio é um tema muito controverso, com opiniões divergentes e ainda existem estudiosos que acreditam que nunca chegaremos a uma verdade absoluta.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 800 mil pessoas tiram suas vidas em todo o mundo em um ano e, de acordo com a entidade, a maior parte desses casos está associada aos transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Carolina explica que os animais também sofrem com transtornos psicológicos. 

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“Animais confinados em zoológico, por exemplo, podem ficar inativos e apresentar comportamento estereotipado, repetitivo, como andar de um lado para outro devido ao estresse. Esse mesmo comportamento podemos ver em nossos pets, como lambedura excessiva das patas, ou girar em torno do rabo, são exemplos de comportamento estereotipado provocado por estresse”, explica a zootecnista ao BNews. 

Carolina afirma, no entanto, que associar o transtorno mental à morte supostamente intencional de animais gera controvérsias entre diversos pesquisadores. “Na minha opinião, atribuir aos animais essa consciência de vida e morte, e consequentemente suicídio, tal como os seres humanos, é mera especulação e uma tentativa de atribuir a eles sentimentos humanos (humanização)”, declarou a especialista. 

Apesar de não acreditar que os animais possam cometer suicídio, Carolina admite que existem alguns mistérios relatados desde os tempos antigos, mas que não se sabe a causa das mortes suspostamente intencionais dos animais. A exemplo do caso das vacas suíças, de 2009, quando 28 delas se jogaram de um penhasco em três dias. O acontecimento foi explicado pelas autoridades locais como "um comportamento altamente anormal". 

“O fato de nomear esses casos como suicídio pressupõe uma autoconsciência sobre vida e morte que eu acredito que os animais não possuem”, declarou a profissional. 

Alguns estudos recentes publicados na BBC mostram que animais podem apresentar um comportamento autodestrutivo, mas, de acordo com a pesquisa e com Carolina, esses comportamentos só aparecem quando ocorre intervenção humana. 

Por fim, a zootecnista ressalta que existem alguns parasitas que tornam os animais mais propensos ao suicídio, já que eles interferem na área do medo do cérebro, deixam os animais mais destemidos e isso pode fazer com que eles se coloquem em situações de maior perigo que podem levar à morte. A especialista afirma, no entanto, que isto é bem raro e é mais comum em ratos. 

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