BNews Pet

É seguro levar meu gato ou cachorro à praia? Especialista explica

Pixabay
Especialista fala sobre bicho-geográfico e como prevenir doença  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 02/02/2022, às 11h00   Milena Ribeiro


FacebookTwitterWhatsApp

Com a chegada do verão, as praias aparecem como uma excelente opção de curtição para tutores e pets. Mas, a presença de pets em praia é segura para humanos? Segundo a médica-veterinária Flávia Sampaio, para que a diversão seja segura para todos, os tutores devem ficar atentos aos animais, principalmente, em relação à atualização das vacinas, vermífugos e remédios.

Perigo para os humanos
De acordo com a especialista, os riscos para os humanos dependem da responsabilidade dos tutores. “Se eles [pets] forem agressivos ou pouco acostumados com outras pessoas, é essencial que sejam mantidos na coleira para evitar agressões”, destacou a veterinária.

Além disso, ela também alertou sobre a doença conhecida como “bicho geográfico”, nome popular da Larva Migrans Cutânea, espécies que habita o intestino de cães e gatos contaminados. Segundo Flávia, a praia não é o único ambiente propício para propagação da doença, mas qualquer lugar com areia, como parques.

Os animais infectados por esses vermes liberam ovos nas fezes, que caso sejam depositadas em areias, um meio propício de estimulação desses ovos, viram larvas que podem penetrar na pele humana.

Segundo a médica, o humano que tem contato com essa larva, seja com o pé, com a mão ou sentando nela, tende a ter muita coceira e feridas na pele. O tratamento da doença, normalmente, é com remédio de verme para humanos, além disso, é importante que a lesão seja avaliada por um dermatologista.

Para prevenir que o seu pet seja um risco para alguém, Flávia recomendou que seja feito um checkup no animal e atualização da vermifugação e vacinação. Ela ainda destacou que, a maioria dos casos tem mais a ver com os animais de rua e não com aqueles de estimação.

“Infelizmente, tem muito mais a ver com os animaizinhos de rua que a gente não tem controle e que deveria ser de cuidado e responsabilidade das Prefeituras”. Logo, para se prevenir contra a doença, também é recomendado evitar praias que tenham muitos animais de ruas porque, geralmente, eles não são vermifugados.

Leia Mais:

Cachorra inusitada na praia aparece em programa ao vivo e faz sucesso na web
Cachorro joga “altinha” com jovens e vira atração em praia; veja vídeo
Cachorro 'trabalha' na praia e ganha petisco de pagamento dos banhistas; assista

Perigo para os animais
Os pets também podem correr alguns riscos em praias. Flávia alerta os tutores para os “riscos de desidratação, se não ingerir água potável suficiente e na ingestão excessiva de água do mar e na areia que podem causar problemas gastrointestinais”.

Além disso, nesse ambiente o pet também está sujeito ao calor e suas consequências respiratórias, principalmente, para raças mais sensíveis como os braquicéfalos (Buldogue Inglês, Boxer e Buldogue Francês, por exemplo). Há risco também de queimaduras de coxins e/ou da pele ou problemas em olhos e ouvidos, caso caia água ou areia. Segundo Flávia, também se deve ter cuidado com a pelagem nos cães de pelo longo.

“Pensando em problemas sistêmicos, é importante procurar um médico veterinário para orientar com relação à prevenção de vermes, que podem ser transmitidos através da areia e de pulgas, carrapatos e mosquitos que são transmissões de doenças importantes”, ressaltou.

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp