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Estudo aponta que lambida de cachorro pode disseminar superbactérias mortais; entenda

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cientistas acreditam que os animais de estimação estejam se tornando reservatórios potenciais para cepas de bactérias resistentes a antibióticos  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 11/04/2022, às 14h20   Redação


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Atitudes simples e bem comuns entre os apaixonados por pets podem ser prejudiciais à saúde humana. Um estudo realizado por pesquisadores portugueses e britânicos apontam que deixar o animal lamber o rosto ou comer no parto do tutor contribui para a proliferação de superbactérias. Os dados da pesquisa serão apresentados no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa, no fim deste mês.

De acordo com o portal Extra, a preocupação dos cientistas é que cães e gatos estejam se tornando reservatórios potenciais para cepas de bactérias resistentes a antibióticos. Eles acreditam que a transmissão dessas superbactérias ocorre através da via fecal-oral. Os animais de estimação lambem suas regiões íntimas e outras partes de seus corpos, espalhando os micro-organismos resistentes pela superfície de seus pelos. Depois, seus donos entram em contato com eles e levam as mãos à boca antes de lavá-las, se infectando. Outra atitude que pode causar a transmissão é coletar as fezes do pet e não lavar as mãos depois.

“Nossas descobertas reforçam a necessidade de as pessoas praticarem uma boa higiene em torno de seus animais de estimação e reduzirem o uso de antibióticos desnecessários em animais de companhia e nas pessoas”, disse Juliana Menezes, especialista em ciência veterinária e principal autora do estudo aos jornais britânicos Daily Mail e The Telegraph.

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O uso indiscriminado de antibióticos aumenta as chances de uma bactéria se tornar resistente ao medicamento. Isso, consequentemente, diminui o arsenal de opções de terapia diante de uma infecção, o que aumenta a incidência de mortes por se tornar  uma das “maiores ameaças à saúde pública”.

Como solução para controlar o surgimento de superbactérias, os cientistas sugerem que os humanos devem diminuir a relação próxima com os animais de estimação, além de aumentar as práticas de higiene, como lavar as mãos após a coleta de dejetos de cães e gatos, ou mesmo depois de acariciá-los. Mas, apesar dos riscos apontados pelo estudo, os autores da pesquisa não se posicionam contra a adoção de animais de estimação.

No início deste ano, pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade de Oxford disseram que infecções resistentes a antibióticos mataram diretamente 1,2 milhão de pessoas em 2019 e contribuíram indiretamente para a morte de mais 5 milhões.

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