Homem finge agredir cadela e leva a pior após fúria de tutor; caso vai parar na polícia

Um homem de 52 anos, que não teve sua identidade revelada, se envolveu em uma confusão após fingir que iria jogar uma pedra na direção da cadela do seu vizinho, no bairro de Darly Santos, em Vila Velha, por volta das 17h do domingo (2). Ele acabou levando um tiro de espingarda do tutor do animal.

A vítima afirmou que estava voltando do trabalho quando se incomodou com os latidos excessivos da pet e fingiu que pegaria uma pedra para jogar na cadela vira-lata. Nesse momento, a confusão com o vizinho começou.

Que isso, presida!

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"Estava vindo para casa quando passei em frente. Ele tem uma cachorra e ela fica latindo quando a gente passa, normal. Eu falei: 'Sai para lá, cachorra', parei a bicicleta, fui no chão, fiz de conta que peguei uma pedra e que ia para cima dela", contou a vítima à Folha Vitória.

"Falei: 'Não conversa comigo não'. Quando virei as costas, ele me deu um tiro, simples assim", relatou. "Eu queria saber qual que é o motivo, que que eu fiz, que que eu prejudiquei para justificar ele me dar um tiro", acrescentou.

Os moradores acionaram a Polícia Militar e a vítima foi pedalando até o Pronto Atendimento (PA) da Glória. O homem teve alta na segunda-feira (3). Já os militares foram até a casa do suspeito, mas não o encontraram. A arma utilizada no crime também não foi localizada.

De acordo com os vizinhos, o atirador já procurou confusão com outros moradores da região. A vítima diz que quer que a justiça seja feita. "" Eu gostaria de ter o meu direito de ir e vir, eu acho que a constituição me garante isso. Eu sou um cidadão de bem, eu não vou me esconder dentro de casa. Eu não vou me rebaixar, eu quero justiça, eu quero que ele pague por isso, ele precisa ser freado, mas não por mim, ele precisa ser freado pela nossa justiça", desabafou.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio e será investigado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

O BNews Pet já publicou algumas matérias que envolvem confusão entre vizinhos por causa dos seus animais de estimação. A advogada e presidente da Comissão Especial de Defesa Animal da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB/BA), Carolina Busseni, explicou que, caso o pet venha a morder alguém, o dono deve prestar toda a assistência possível a vítima.

No caso de latidos excessivos que incomodam os vizinhos, a advogada Isabelle Martins alertou que pode ser configurado como violação ao direito da vizinhança caso os latidos estejam acima do nível de ruídos permitido na área residencial. Na Justiça, casos de latidos excessivos já causaram multas para os tutores, veja casos aqui e aqui.