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Quais alimentos cães e gatos podem comer na Semana Santa? Confira dicas de especialista

Karine Pamponet
Cuidado com temperos e chocolates. Eles são tóxicos para os animais de estimação  |   Bnews - Divulgação Karine Pamponet

Publicado em 14/04/2022, às 07h00   Karine Pamponet


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A Páscoa está chegando e com ela todas as iguarias tradicionais que reúnem a família brasileira em volta da mesa, em almoços fartos. Na Bahia, a tradição fica por conta das comidas feitas com azeite de dendê, mariscos e, lógico, ovos de chocolate de sobremesa. E como incluir os bichinhos de estimação nesse tipo de evento já que nem tudo eles podem comer?

Entre os alimentos tóxicos para cães e gatos, o chocolate é um dos maiores vilões. Além dele, temperos a base de cebola, por exemplo, e azeite de dendê podem ocasionar problemas digestivos e de pele como alergias.

“O fígado dos cães e gatos não metaboliza corretamente a substância teobromina que está presente no cacau, matéria prima dos chocolates. Dessa maneira pode ocasionar o aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia”, explica a médica-veterinária atuante em alimentação natural Pet, Ana Carolina Machado.

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A boa notícia é que os animais podem consumir peixes, que é o carro chefe do cardápio humano na Semana Santa. O importante é que esses peixes estejam limpos, sem espinhas, sem escamas e podem ser preparados de forma grelhado ou cozido. "Os peixes mais comuns são Merluza, Tilápia, Sardinha e Manjubinha. Numa dieta pet gourmetizada pode-se criar até uma moqueca pet só que sem dendê, sem cebola e pouquíssimo alho. Uma espécie de ensopado com pouco sal, temperos verdes e leite de coco. Uma moqueca funcional saudável", ensina a veterinária.

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“É muito difícil resistir aos olhinhos pedintes do meu cachorrinho, o Gão. Ele parece pedir um pedacinho e a gente sempre acha que só um pouquinho não vai fazer mal”, disse a estudante Carolina Cunha que há poucos dias precisou internar seu Shihtzu de apenas dois anos por intoxicação alimentar. “Ele desidratou muito rápido com os vômitos e diarreias. O susto me fez aprender e agora ele só vai comer o que for apropriado para pet”, completa.

Numa situação dessa, o melhor a fazer é levar para a emergência veterinária. Em caso de impossibilidade, os primeiros socorros podem ser feitos em casa desde que o animal esteja consciente." Eu sempre recomendo os tutores terem uma farmacinha pet de fácil acesso e numa situação de intoxicação alimentar o carvão ativado éum bom aliado. Ele pode dissolver qualquer alimento que você não quisesse que seu cachorrinho tivesse ingerido ou que esteja fazendo mal a ele. Isso pode até salvar a vida do animal", explica Ana. Sempre é importante levar o animal para o veterinário avaliar a situação em quadros de diarréia e vômitos. "Sempre procurar hidratar os animais com água de coco ou medicação  de soro, como Pedialite, para conter o disturbio eletrolítico causado pelo vômito e diarréia", completa a veterinária.

Para a enfermeira Jussara Gomes, o maior desafio é proporcionar alimentos diferentes para ter a sensação de que sua cadelinha, uma Spitz, Maya, está participando da reunião familiar já que ela é “uma filha de patas”. “Ela não se adaptou a ração e por isso sempre procuramos por novidades em petshop que seja apetitosa para ela com o objetivo de alimentá-la de forma saudável e saborosa. Esse ano já compramos o ovinho de páscoa pet”, diz.

Em Salvador, já é possível encontrar empresas que fazem as “marmitas congeladas” com alimentos naturais e que agradam os mais exigentes paladares pet. “Nossa produção é toda volta para a necessidade do cliente pet, por isso, a quantidade de alimento é calculada pelo peso e pela necessidade nutricional”, explica a empresária Luiza Coelho que, em plena pandemia, viu esse setor como oportunidade de negócio e criou a ZacFood.

“Além de fazermos o cardápio do dia-dia, temos opção de cardápio gourmet, petiscos naturais e sempre criamos kits comemorativos com opção de entrada, prato principal e sobremesa”, explica. Para a Páscoa, os doguinhos vão se deliciar com Tartar de Salmão, Salmão Grelhado e Macarrão de Arroz com mariscos. Além do ovo de páscoa feito com fígado de boi que é nosso “chocolate falso”.

Que tal anotar essa dica para fazer em casa?

O recomendado é fornecer alimentos apropriados e nutricionalmente balanceados para os animais. Dessa maneira, caso não tenha providenciado nada para seu animalzinho, mas não quer deixar ele de fora da Páscoa, anota essa dica: ofereça petiscos naturais colocando vísceras (fígado de boi, coração de galinha) no forno para desidratar. O mesmo pode ser feito com pequenos peixes, que são consumidos inteiros, como sardinha e manjubinha. Sempre ofereça com moderação, numa quantidade de petisco e que não atrapalhe a refeição principal seja ração ou alimentação natural.

Não esqueça de incluir os pets nas brincadeiras típicas dessa época como o caça ovos. Basta esconder petiscos, brinquedos como bolinhas e fazê-lo procurar também. Certeza de diversão!

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