Vídeo: Filhotes de tartarugas são encontradas na Boca do Rio

Um banhista avistou os filhotes de tartarugas e os levou para o mar, mas muitos já estavam mortos | Reprodução

Publicado em 05/02/2022, às 13h28 - Atualizado às 13h58 Letícia Rastelly

Diversos filhotes de tartarugas foram encontrados em uma vegetação rasa, ao lado do Centro de Convenções, na Boca do Rio, por volta das 8h, deste sábado (05), em Salvador. Muitas das tartaruguinhas já estavam mortas quando o cinegrafista Rildo Paraíso as avistou. Ao perceber os animais que ainda estavam vivos entre a pista e o início da orla, o banhista passou a leva-las até o mar, local natural para onde as tartarugas vão após saírem dos ovos.

“Minha filha viu uma delas morta e me mostrou. Por isso fui atrás das marcas do caminho que ela fez na areia, para ver se existiam outras e achei mais de 30, sendo que algumas ainda estavam vivas e outras já quase morrendo”, contou Rildo, depois de explicar que aparentemente, carros e pessoas chegaram a passar por cima de algumas delas: “havia marcas daqueles pneus dos veículos de limpeza da praia e também de pedestres”, descreveu o cinegrafista.

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Na tentativa de salvar o máximo de filhotes possíveis, Rildo tentou contato com diversos órgãos que cuidam do meio ambiente, inclusive com o Projeto Tamar, que atua diretamente na preservação das tartarugas-marinhas, mas não teve êxito. “Todos os números que achei eu tentei ligar, mas ninguém atendia. Minha família chegou a ir até alguns policiais militares que estavam na região, para pedir ajuda, mas eles alegaram que isso era o ‘curso natural e que algumas realmente não iam sobreviver eseriam comidas por peixes’ ”, relatou o banhista.

O período de desova e nascimento das tartarugas marinhas acontece sempre no período mais quente do ano, entre setembro e março, por toda a costa brasileira. Normalmente os filhotes emergem dos ovos a noite, de modo que têm mais chances de chegar seguros a água, porém, focos de luz, como postes e de residências, podem desorientar os recém-nascidos.

Rildo conseguiu, ao final, entrar em contato com o Grupo Especial de Proteção Ambiental (Gepa) da Guarda Municipal de Salvador, que estava se deslocando para o local, pois ainda há ovos e possibilidade de existirem tartarugas vivas na região.

Ao Bnews, a Guarda Municipal informou, que ao chegar no local, não encontraram ninguém. Apenas alguns filhotes mortos. O Supervisor da Unidade, pontuou que o adequado é acionar a equipe e aguardar, pois pode ocorrer um choque ao inserir bruscamente o animal na água, após está muito tempo exposto ao sol.

Ainda segundo o Supervisor, quando feito o recolhimento em vida, os animais são encaminhados ao Projeto Tamar.