Vítima de policial stalker reencontra cadela que teria sido morta há um ano por condenada

O personal trainer, Gustavo Rodrigues Silva, reencontrou sua cadela border collie, chamada Ayra, após 1 ano que a pet foi dada como morta vítima da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), conhecida como "policial stalker", Rafaela Luciane Motta Ferreira.

Gustavo foi vítima de Rafaela em 2021, quando recebia várias chantagens emocionais e até "recados" insinuando que havia matado a pet envenenada.

ADEUS

Morre o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, aos 87 anos

Golpes

Grupo que simulava contas do governo do RS para receber doações é alvo de operação policial

Na época, a policial stalker sequestrou Ayra e chantageou o personal treiner dizendo que iria contar contar onde a cadela estava. Mas, um tempo depois, pelos do animal foram encontrados no carro de Rafaela, junto a um caderno com anotações sobre doses de veneno para cachorro de médio e grande porte.

"Era um vazio. A Ayra precisa correr, gastar energia, e eu sou personal, treino fisiculturismo, então, saía de duas a três vezes por dia com ela, fazíamos aeróbico, me ajudava muito nas preparações. Mas ela sumiu e eu desanimei. Era triste ir correr e ela não estar lá, batia um desânimo muito grande", contou Gustavo ao Metrópoles.

O reencontro

O tutor e a pet se reencontraram por acaso. Uma pessoa, envolvida em outro caso, contou que Rafaela ofereceu a cadela a ela, afirmando que a border collie era de um casal que não queria mais a doguinha. Ao ser questionada, a ex do personal confessou o paradeiro.

"Ela contou que colocou a Ayra em um site de doação, com outro nome. Uma família adotou, mas ela não se deu bem naquela casa, então, essa família doou para um outro casal de amigos", disse Gustavo.

A doguinha ficou com outra família por mais de um ano e meio e acabou se aproximando de duas crianças, filhas do casal que adotou Ayra. "Elas também são vítimas da situação, que é muito difícil. Eu tenho saudades dela, criei desde pequena, mas a família também estava apegada. Falei que a Ayra podia ficar uns fins de semana lá, então ela vai ter essas duas famílias", resolveu Gustavo.

No reencontro, Ayra não escondeu a felicidade de ver seu antigo tutor. "É um alívio muito grande, porque eu não tinha a certeza que ela tinha sido morta. Andava na rua por aí vendo se encontrava com ela, ficava constantemente nesse alerta, por um ano e dez meses, sem respostas. Guardei tudo dela, porque sentia que ela poderia aparecer".

"Policial Stalker"

No dia 28 de novembro de 2021, a agente foi presa pela PCDF por esfaquear Gustavo. Na época, trechos de cartas supostamente escritas por Rafaela foram divulgados.

Neles, ela falava sobre furar os quatro pneus, riscar a lataria e colocar fogo no carro de um dos ex-namorados. Ainda dizia que iria roubar o celular de outro. Ela também afirmava que queria matar um ex-parceiro por envenenamento.

Ainda nas cartas, Rafaela ameaçou familiares dos ex companheiros e disse que um deles ia ver o "corpinho do papai ir pro saco". Ela também disse que perseguiria um homem até que ele enlouquecesse. No documento, ela ainda teria afirmado que ia "pagar quantos assassinos de plantão forem necessários para acabar com a vida de todos eles. Um por um".

Em novembro de 2022, Rafaela foi condenada a seis anos de prisão e a perda do cargo público.