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'Cena ridícula e palanque eletrônico político', diz deputado Laércio Oliveira sobre a CPI da Covid

Lúcio Bernardo Jr. / Agência Câmara de Notícias
Bnews - Divulgação Lúcio Bernardo Jr. / Agência Câmara de Notícias

Publicado em 24/08/2021, às 10h22   Adelia Felix


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Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Laércio Oliveira (PP-SE) teceu duras críticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, também chamada de CPI da Pandemia. Para o parlamentar, se a pandemia tivesse ocorrido em governos anteriores, o cenário no Brasil seria ainda mais crítico.

“Aquela cena ridícula. Esse palanque eletrônico político que se instalou. Aponte a corrupção! Imagine se estivéssemos vivendo momentos como esse no passado. [...] Talvez maior que o mensalão. Eu lamento profundamente essa CPI. Vivíamos anos de escuridão”, disse o deputado em entrevista à Jovem Pan Aracaju, nesta terça-feira (24).

Na ocasião, o pepista ainda afirmou ser aliado do presidente Bolsonaro e negou que o chefe de Estado tenha intenção de cometer qualquer golpe para se perpetuar no poder.  

“O presidente é um brasileiro apaixonado pelo país. Não sou bolsonarista, mas defendo o governo. [...] Não faço as minhas ações guiado por ninguém. Claro que em alguns momentos, o presidente erra. [...] Muitas vezes expressa uma opinião que na liturgia do cargo dele não caberia. Longe do presidente qualquer motivação para golpe, movimento antidemocrático”, garantiu.

Eleições - Governo do Estado
Ainda na entrevista, o parlamentar afirmou que pretende suceder o atual governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), e que trabalha para ter apoio do presidente Bolsonaro na disputa em 2022.

“Eu quero ser governador de Sergipe, sim. Trabalho todos os dias e todo movimento que faço é nesse sentido. Seja como empresário, como deputado. Eu nunca escondi. Fui o único deputado eleito que publicamente votei e trabalhei pela eleição do presidente Bolsonaro”, disse.

Outros integrantes do grupo político e que também são apontados como participantes da corrida eleitoral são o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), e o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD).

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Laércio ressaltou que, na corrida eleitoral, ele não quer somente o apoio de bolsonaristas em Sergipe. “Busco apoio de todos. É uma pré-candidatura, é um desejo. [...] Queremos eleger governador, senador e o maior número de deputados federais”.

Também aliado do governador Belivaldo, líder do maior grupo político em Sergipe, o parlamentar reforçou que a palavra final será dada pelo chefe do Executivo Estadual. 

“Não existe preferência. Ninguém nunca ouviu o governador dizer ‘meu candidato é esse’. Porque ele é líder de um grupo. Ele respeita o posicionamento de todos. [...] A chegada de outros nomes como o do ex-deputado André Moura [PSC] é muito bem-vinda. Eu celebro. Fortalece nosso agrupamento”, pontuou.

Fundo eleitoral
O deputado também justificou o voto pela aprovação de R$ 5,7 bilhões destinados às despesas de partidos e candidatos. “Eu sou contra o Fundo Eleitoral. Sou a favor que não aja nenhum recurso público para as eleições, que os candidatos busquem recusos, prove e comprove onde você captou e de que forma gastou”, disse.

O parlamentar ainda acrescentou: “Mas, eu me coloco na votação. Ou você vota no Fundo Eleitoral ou você vai para o submundo da política. Eu não quero ir para o submundo. Já que a única regra é essa, eu quero receber”, defendeu.

O texto, aprovado pelo Congresso recentemente, reserva dinheiro público para o ao Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC), o Fundo Eleitoral — ou, simplesmente, Fundão.

Apesar do veto do presidente Bolsonaro ao aumento do fundo eleitoral, as verbas para as campanhas podem retirar até R$ 3,5 bilhões da saúde em plena pandemia de covid-19 no próximo ano, de acordo com o projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) sancionado pelo chefe do Planalto, publicado na segunda-feira (23).

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