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Funcionária denuncia patroa por cárcere privado em Aracaju: “Absurdo o que fez comigo”

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Caso aconteceu no dia 28 de novembro  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Cut-SE

Publicado em 06/12/2021, às 16h52   Redação BNews


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Trabalhadora doméstica desde os 12 anos, Valdeci resolveu denunciar sua patroa por cárcere privado, no dia 28 de novembro, em Aracaju. De acordo com a funcionária, ela teria sido trancada em casa contra sua própria vontade, sendo exposta à fome, desespero, sentimento de impotência e humilhação. A denúncia foi feita no Sindicado de Trabalhadores Domésticos de Sergipe (SINDOMÉSTICO/SE). A identidade da patroa não foi revelada.

Valdeci contou que trabalhava nesta casa 15 dias seguidos e folgava os outros 15 dias do mês, contudo, quando trabalhava, precisava levar a comida: "Pra comer, eu tinha que levar a minha alimentação. Para eu tomar café, eu tinha que comprar o meu pão. O meu namorado me dava até dinheiro pra eu comprar minha alimentação, porém, eu saí da casa desta pessoa e espero que outras trabalhadoras não passem pela humilhação que eu passei. Domingo, foi um absurdo o que ela fez comigo”, contou.

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A mulher ainda detalhou o dia em que ficou presa na casa da patroa. “Eu pedi a ela para sair e almoçar em minha casa, já que ela ia pra casa da filha dela. Porém, ela disse que não era pra eu sair. Trancou todos os portões e eu fiquei presa. Teve o temporal, tive medo de um curto circuito, de acontecer um incêndio e eu trancada dentro da casa dela. Liguei várias vezes para ela vir pra casa e para abrir a porta para eu almoçar, mas ela não atendeu e não veio. Quando chegou ainda me disse vários desaforos e xingamentos”, recordou.

A dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) e vice-presidenta do SINDOMÉSTICO, Quitéria Santos, que ouviu a funcionária na sede do sindicato, disse: “Ela chegou muito nervosa, chorando sem parar. Não conseguia nem contar o que havia acontecido. Com certeza, foi um trauma ter ficado trancada e passando fome no último domingo”.

Quitéria ainda ressaltou: “Já tomamos as providências legais e todas as trabalhadoras domésticas que forem vítimas de algum tipo de assédio e violência no local de trabalho, precisa procurar o sindicato e denunciar. Para quem sofreu trauma, queremos dar apoio psicológico. Vamos buscar parcerias neste sentido”.

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