Brasil

Acre: após quase 5 meses desaparecido, Bruno Borges retorna para casa

Publicado em 11/08/2017, às 12h01   Redação BNews


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Após quase cinco meses desaparecido, o estudante de psicologia Bruno Borges, de 24 anos, retornou para casa na manhã desta sexta-feira (11). A informação foi confirmada pelo pai do jovem, o empresário Athos Borges.
Borges relatou que filho está bem e a família aliviada com a volta dele, segundo o G1. o jovem não deve ficar na casa onde morava com os pais e irmãos devido a grande busca de pessoas curiosas pela história do estudante.
“Nesse momento não vamos comentar muito. Ele já não vai ficar mais em casa, tem muita gente vindo aqui. Ele vai ficar em outro lugar, ele voltou sozinho. Isso é tudo que podemos falar”, ressalta.
Relembre a história
Antes de sair da casa onde mora em Rio Branco, Bruno Borges deixou 14 livros escritos à mão e criptografados, alguns copiados nas paredes, teto e no chão do quarto. Deixou ainda uma estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1600), por quem tem grande admiração, que custou R$ 10 mil.
Em maio deste ano, Marcelo Ferreira, de 22 anos, amigo do estudante, chegou a ser detido pela polícia pelo crime de falso testemunho. Na casa dele, a Polícia Civil encontrou dois contratos – um deles autenticado no dia do desaparecimento – que estabeleciam porcentagens de lucros com a venda dos livros. Ferreira teria ajudado Bruno no projeto.
Policiais também encontraram móveis do quarto do acreano na casa de outro amigo, Bruno Gaiote, que também teria participado na logística. Gaiote, que mora na Bahia, chegou a ser indiciado para depor na capital acreana, mas não compareceu, sendo indiciado indiretamente.
Em entrevista ao Bom Dia Amazônia exibida no dia 3 de julho, Ferreira contou que ajudou Bruno a montar o quarto e sabia do projeto, mas garantiu que não tinha conhecimento do desaparecimento, nem do local que ele pode estar vivendo.
Para a Polícia Civil, que investigou o caso, os contratos, e-mails e mensagens trocadas entre os amigos esclarecem a situação. O sumiço de Bruno foi parte de um plano para garantir a divulgação do trabalho deixado por ele, informou na época o delegado Alcino Souza Júnior. “A gente encerra neste segundo momento, que é a comprovação de que não foi um homicídio, pelo menos não está comprovado. Também não foi um sequestro, mas que se trata sim de uma vontade própria, onde existe um plano para divulgação das obras”, destacou o delegado.

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