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Barco naufraga com 70 pessoas no Pará; bombeiros resgatam 7 corpos

Publicado em 23/08/2017, às 13h33   Folhapress


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Um barco com 70 pessoas a bordo naufragou no rio Xingu, no Pará, na noite desta terça-feira (22). Segundo o Corpo de Bombeiros, 25 sobreviventes e outros sete corpos já foram resgatados. Os demais ocupantes da embarcação continuavam desaparecidos até a publicação deste texto.
O barco-motor, batizado de "Comandante Ribeiro", saiu do porto da Praça Tiradentes, em Santarém, na noite da última segunda (21), e teria como destino a cidade de Vitória do Xingu (PA).
No meio do trajeto, a embarcação fez conexões nas cidades de Prainha e Monte Alegre. Por volta das 18h desta terça realizou uma terceira parada no município de Porto de Moz, onde recebeu cerca de 40 novos passageiros.
A principal suspeita é de que uma tempestade teria provocado o naufrágio após a embarcação deixar Porto de Moz. O barco afundou em Vila do Maruá, uma região conhecida por "Ponta Grande". 
Os sete corpos localizados na manhã desta quarta (23) são de cinco adultos, um adolescente e uma criança -todos foram levados para Porto de Moz. A assessoria do Corpo de Bombeiros confirmou que a embarcação estava com 70 passageiros aproximadamente, mas não informou o número exato.
O Corpo de Bombeiros montou uma operação com o auxílio de mergulhadores para localizar as vítimas. A Capitania dos Portos do Amapá enviou uma lancha ao local do acidente para realizar buscas e coletar informações. A Marinha também informou que deslocou o navio-patrulha "Bocaina" para reforçar as operações de resgate.
Dois inquéritos -um administrativo e outro criminal- serão instaurados por Marinha e Polícia Civil para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. 
OUTRO NAUFRÁGIO
O acidente registrado nesta terça ocorre 20 dias depois de outro naufrágio no Pará, desta vez no rio Amazonas, com nove desaparecidos. O episódio vinha sendo considerado até então o maior acidente em número de desaparecidos ou mortos desde 1981.
O naufrágio ocorreu no dia 2 de agosto, após uma colisão de um navio cargueiro contra um comboio de nove balsas entre as cidades de Óbidos e Oriximiná, no oeste do Estado. Os corpos das vítimas ainda não foram resgatados do rio até o momento.
Um grupo de familiares das vítimas chegou a protestar em frente à sede do Ministério Público Federal em Santarém (a 700 quilômetros de Belém), onde o caso está sendo investigado. Eles denunciaram o descaso em relação às operações de busca aos corpos.
Os familiares acreditam que os corpos dos desaparecidos estejam no empurrador das balsas, que naufragou no acidente. O veículo foi encontrado por um radar a 63 metros de profundidade dentro do rio, em um ponto a 15 quilômetros de onde ocorreu o caso.
Segundo o Corpo dos Bombeiros, o local tem correnteza forte e pouca visibilidade, o que dificulta o trabalho dos mergulhadores.
A Bertolini (dona das balsas) disse que já contratou um serviço para fazer o resgate da embarcação. A Mercosul (proprietária do cargueiro) informou que o navio envolvido no acidente já voltou a navegar e que sua "preocupação imediata continua sendo com os tripulantes desaparecidos." 

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