Jogador que atropelou casal no RJ diz que tentou frear carro e desviar das vítimas

O jogador de futebol Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, prestou depoimento nesta segunda-feira (4) e disse à polícia que o casal atropelado por ele na última quarta-feira (30), na Zona Oeste do Rio, apareceu na pista "repentinamente". Segundo informações do G1, o atleta alegou que dirigia a 60 km por hora e que tentou "frear e desviar" das vítimas.

De acordo com o relato, obtido pela TV Globo, Marcinho disse que passava entre os postos 11 e 10 da Avenida Sernambetiba quando, "repentinamente, um casal saiu entre os veículos estacionados". Ele disse ter reparado que a mulher "puxava o homem" em direção à areia da praia.

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Os professores Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima atravessavam a avenida na última quarta (30), quando foram atingidos pelo carro de Marcinho, modelo Mini Cooper. O homem morreu na hora e a mulher foi socorrida, levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi operada. Após a cirurgia, ela foi transferida para uma unidade particular. O quadro dela é clinicamente estável e ela já soube da morte do marido.

O jogador disse aos investigadores que tentou "frear e desviar" das vítimas. Disse também ter ficado com fragmentos de vidro no olho após a batida. Segundo o jogador, isso o deixou "em choque".

Após o acidente, Marcinho não prestou socorro e abandonou o veículo a 600 metros do local do atropelamento. Na versão dada na delegacia, o jogador disse que fugiu porque temia ser linchado.

A polícia agora quer descobrir se Marcinho "assumiu o risco de matar" o casal de docentes. 

"Era ele quem tava dirigindo. Houve acidente, houve fuga. E agora é saber se ele assumiu o risco de matar", afirmou o delegado responsável pela investigação, Alan Luxardo.