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Mulher diz que sofre preconceito por ser mãe de oito e estar grávida de gêmeos

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"Nunca usamos método contraceptivo, às vezes fizemos tabelinha. Cada um que foi chegando foi muito desejado",diz Mariana  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram @coracaodemami

Publicado em 22/11/2021, às 18h34   Redação BNews


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Quando a dona de casa Mariana Arasaki, de 36 anos, casou há dez anos, ela já carregava o sonho de ser mãe de quatro filhos. Em conversa com o namorado na época disse que queria no mínimo quatro, e o rapaz ressaltou o desejo de ser pai de vários filhos. Ele foi filho único e disse que se sentia sozinho. ‘Sempre quis ser mãe, era um sonho, me via sendo mãe de pelo menos quatro".

Depois de casados eles foram deixando acontecer. "Nunca usamos método contraceptivo, às vezes fizemos tabelinha. Cada um que foi chegando foi muito desejado".

"Casamos aos 26 e já tivemos uma menina. Ao longo desses dez anos, o maior intervalo entre uma gravidez e outra foi entre o quinto e o sexto filho, quando demorei um ano para engravidar de novo. Da sexta para a sétima, engravidei menos de três meses depois do parto. Minha médica já pediu para eu dar um espaçamento maior, para dar tempo de o útero voltar ao normal. Antes dessa gravidez, eu passei em consulta e ela falou que estava tudo bem, estava liberada. Meu corpo nunca se recuperou totalmente de nenhuma gestação, por isso fiquei acima do peso em algumas, porque quando começava a emagrecer já engravidava novamente. Não dá tempo de voltar ao peso "de fábrica".

Durante entrevista concedida à revista Época, a dona de casa disse que passou mal em todas as gestações, mas que depois que o bebê nasce ele esquecia de tudo. "Todos nasceram de parto normal, com mais de 38 semanas. Mas cada parto é diferente e único. Na primeira filha, no auge da dor, a médica disse que ainda ia longe e eu pedi para fazer uma cesárea. Minha irmã, que também estava acompanhando, disse que não ia permitir, que a recuperação é pior. Passou o desespero e nunca mais pedi".

Segundo Mariana, recentemente uma pessoa que ela nunca tinha visto disse 'Tá bom agora, não precisa mais'. "Muita gente diz "agora já deu". Mas não, a decisão é minha e do meu marido. Hoje já nem me estresso, mas as pessoas são indelicadas. Não descarto ter outros, teria mais dez. Depois dos 35 anos a taxa de fertilidade cai, então não sei. Tem a vontade de Deus".

Até a quinta gestação Mariana trabalhava na área administrativa de uma empresa, gostava de trabalhar fora, mas agora dedica sua atenção aos filhos. 

Ainda de acordo com Mariana, as pessoas também têm curiosidade sobre o assunto, por isso criou uma conta no Instagram (@coracaodemami) para compartilhar um pouco da rotina. "Dou dicas de como levar a maternidade com mais leveza".

"Tenho ajuda da babá e da minha mãe. A maior dificuldade é educar as crianças nos dias atuais, especialmente os mais velhos, que começam a perguntar tudo. Minha primogênita já está negociando quando vai poder ganhar o celular dela. No dia a dia, o grande desafio é respeitar horário. Arrumar, deixar todo mundo pronto, sair na hora certa. Colocar na cama às vezes também é difícil. Sai cada um para um lado, é uma confusão. Perco a paciência, claro. Sou igual a toda mãe. Se vejo que estou saindo do sério, fico cinco minutos no meu quarto e volto mais tranquila".

Para sair com a turma é preciso dois carros. "Estamos avaliando comprar uma van depois dos gêmeos. Quando vamos jantar fora, a escolha do restaurante é pelo voto. Mas em festinhas geralmente não levo todo mundo porque as rotinas dos pequenos são diferentes. O segredo de ter muitos filhos é ter a vida organizada, com rotina. Antes de engravidar malhava de manhã, posso ir à médica ou ao salão".


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