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Ativistas invadem de novo o Instituto Royal e levam ratos

Publicado em 13/11/2013, às 18h43   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Uma semana depois de anunciar o encerramento das atividades, o Instituto Royal, de São Roque (SP), que usava cães da raça beagle para testes de remédios, voltou a ser invadido e depredado por ativistas na madrugada desta quarta-feira (13). 
De acordo com a assessoria do instituto, os invasores renderam os vigias e promoveram um novo quebra-quebra nas instalações. A maior parte dos equipamentos que permaneciam no local foi destruída e quase todos os roedores - cerca de 300 ratos e camundongos - que ainda lá se achavam foram levados. 
Os animais foram colocados em sacos plásticos comuns. Esses animais não haviam sido retirados quando o instituto foi invadido e depredado pela primeira vez, no dia 18 - na ocasião, os ativistas levaram 178 cães da raça e sete coelhos. 
De acordo com boletim de ocorrência (BO) registrado na Polícia Civil pelo instituto, os invasores compunham um grupo de 40 a 50 pessoas, entre homens e mulheres. Muitos estavam encapuzados ou mascarados e alguns portavam facas e alicates. 
Três funcionários da empresa de segurança Gocil foram vítimas de agressão, além de ameaças, e passaram por exame de corpo de delito. Além de veículos pertencentes ao Royal, o automóvel de um dos seguranças foi danificado pelos ativistas. 
Os invasores picharam as iniciais da inscrição Animal Liberation Front, grupo extremista de libertação animal, nas paredes do prédio. Segundo o instituto, a direção mantinha contato com o Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea) para dar destinação correta aos roedores. 
“Lamentamos que os ativistas recorram, novamente, à baderna. Lamentamos que a onda de violência física e moral contra os animais e os profissionais que prestam serviço ao instituto, iniciada com a invasão do dia 18 e apoiada sistematicamente por políticos e celebridades, ainda persista, mesmo com o encerramento das atividades do Royal”, afirmou o Royal, em nota. 
A Polícia Civil usará imagens do circuito interno na tentativa de identificar os invasores. Ainda não se sabe se o grupo é o mesmo que invadiu o local no dia 18. Dos 178 cães levados na ocasião, apenas quatro foram recuperados. 
A ativista Luiza Mell, que participou da primeira invasão, disse que desconhecia a nova ação e pôs em dúvida a versão do instituto. O furto dos animais é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP). 
Já o Ministério Público Estadual (MPE) investiga denúncias de maus-tratos contra os animais pelo instituto. No dia 6, a direção do Royal divulgou nota anunciando o encerramento das atividades por causa das “elevadas e irreparáveis perdas” e, ainda, “o risco permanente à integridade física e moral de nossos colaboradores”.

Fonte: Agência Estado

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