No último dia da festa do réveillon de Salvador, na Praça Cayru, no Comércio, ambulantes falaram sobre suas expectativas de vendas. Para alguns, o resultado não atingiu o esperado. A reportagem do Bocão News foi até as ruas acompanhar o trabalho dos vendedores.
Em entrevista ao Bocão News, na noite da virada, a secretária de Ordem Pública Rosemma Maluf disse que para o réveillon de Salvador de 2016, a quantidade de ambulantes aumentou devido a demanda que, segundo ela, foi maior neste ano. Já os vendedores, não concordam com esse aumento.
"De terça-feira até hoje, não consegui vender o que pretendia e até agora o movimento está fraco", contou Maria das Graças, que é ambulante e mora em Feira de Santana e, nesta época do ano, vem para a capital baiana vender doces e guloseimas.
"No primeiro dia só consegui vender R$ 30, no segundo R$ 50 e ontem (31) vendi R$ 150 mas só porque foi um dia com mais movimento. O que vendi nos dois primeiros dias de festa só deu para pagar o banho e o almoço, pois preciso ficar por aqui mesmo", completou.
Josenildo Costa e Mônica do Carmo é um casal que sempre está presente em eventos como o carnaval e festas de final de ano e, segundo eles, em relação ao ano de 2015, o prejuízo deste ano foi grande. “Nós percebemos que nessa festa tiveram muitas pessoas irregulares, sendo que nós que somos licenciados, além de pagar R$ 157 para trabalhar aqui, acabamos perdendo dinheiro para aqueles que trabalham ‘de graça’”, contou Josenildo.
Mônica do Carmo concordou. “Nós gastamos cerca de R$ 800 para comprar água, cerveja e refrigerantes para vender. Mas de 100%, se conseguimos vender 10, foi muito. Esse ano foi fraquíssimo”, disse.
A redação do Bocão News tentou entrar em contato com a secretária Rosemma Maluf, para falar sobre as reclamações dos ambulantes, mas não obteve sucesso até a publicação desta matéria.
