BR-324, trecho do Porto Seco Pirajá, sentido Águas Claras
Motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres que transitam pela BR-324 (trecho de Salvador) à noite continuam a compartilhar os mesmos riscos de acidentes e insegurança provocados pela escuridão. O mesmo drama é vivido por quem reside às margens da rodovia. Conforme denunciado por populares e apurado pelo BNews, no principal acesso à capital baiana, os postes do canteiro central da rodovia ainda seguem desativados.
A situação passou a ser evidenciada no ano passado, quando foi informado pela concessionária ViaBahia que criminosos estavam violando a tubulação para furtar os cabos de energia. A área com maior ocorrência de furtos corresponde aos 6 Km iniciais da rodovia, na saída de Salvador, que conta com 125 postes e 250 lâmpadas.
Procurada pela reportagem do BNews, nesta quinta-feira (27), a ViaBahia informou, em nota, que a ação criminosa persiste na região. "O furto constante de cabos de energia causa interrupções na alimentação de postes localizados ao longo das rodovias sob sua administração (BR-324 e BR-116)", afirmou a concessionária, estendendo a área atingida pela ação criminosa. Ainda de acordo com a Viabahia, existe um cronograma de recuperação dos circuitos de iluminação previsto para ter início em setembro deste ano.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ao site através da assessoria que realiza patrulhamento ostensivo na rodovia no intuito de inibir ações de vandalismo e de furtos de equipamentos. Porém, conforme ressalta a PRF, como "não é exclusivo de guarda de patrimônio da concessionária, de forma que quando ocorrem acidentes ou quando ocorrem situações em que a PRF precisa voltar sua atenção para outras ocorrências, essa parte fica desguarnecida e são esses momentos que os infratores usam para praticar esses furtos, por isso seria desejável que a concessionária investisse na melhoria dos equipamentos tornando-os mais difíceis de serem cortados".
O furto de cabos de energia, assim como transformadores, é crime estabelecido no artigo 155 do Código Penal. A pena prevista é de 2 a 8 anos de prisão.
