Após a lancha Cavalo Marinho I naufragar, na Baía de Todos, na manhã desta quinta-feira (24) e deixar pelo menos, até então, 22 mortos, o diretor executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessoa, afirmou que todas as lanchas que operam no sistema estão com certificado de vistoria em dia. "Periodicamente, quando a Marinha emite novos certificados eles são obrigados a nos apresentar. A questão de vistoria é da Marinha do Brasil e nós recebemos. Toda vez que há uma nova emissão de laudo nós acompanhamos a validade dos laudos e todos os laudos estão em dia", afirmou Pessoa.
Ainda segundo ele, a embarcação Cavalo Marinho I tem capacidade de 162 passageiros e segundo informações do operador eles estavam com 113 passageiros a bordo. "É uma embarcação que opera normal. É um sistema que opera a 60 anos e é a primeira vez que existe um acidente. O que existe sempre é interrupção do serviço por maré baixa para entrar no canal de Mar Grande ou quando há vento forte ou chuva. E a autoridade de segurança é a Marinha do Brasil. Ela emite a ordem . Quem dá todas as ordens navais é a Marinha. Quem suspende o transporte é a Marinha do Brasil", ressaltou.
A Marinha informou que resgatou cinco corpos e que as outras 17 vítimas foram resgatadas por embarcações particulares. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), 88 pessoas foram resgatadas com vida até o momento.
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Entre os sobreviventes resgatados, 70 estão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Mar Grande; 15 estão no Hospital Municipal de Itaparica; dois estão no Hospital do Subúrbio e um no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador informou que cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestam socorro às vítimas, além de uma ambulância. Dois médicos estão no mar nesse momento. No Terminal Náutico do Comércio, 34 vítimas foram atendidas.