Cidades
Publicado em 15/01/2019, às 08h39 Vinícius Ribeiro
Um protesto realizado por monitores de ressocialização prisionais e socioeducadores impediu o acesso de visitantes ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, na manhã desta terça-feira (15). O grupo que presta serviço na unidade masculina do presídio reivindica da empresa Socializa o pagamento de salários corrigidos, conforme acordo em convenção coletiva.
Segundo o Sindicato de Ressocialização Prisional e Socioeducador (Sindap-BA), o valor base dos salários previsto na CCT é de R$ 1.670,00, no entanto, a Socializa repassou apenas R$ 1.205,00.
A situação desencadeada nesta manhã há tempos vem sendo denunciada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), que é contrário à terceirização do setor.
"A gente combate este tipo de terceirização, porque acreditamos que é usurpação da nossa função. Na verdade, eles desempenham a nossa função dentro da empresa terceirizada", critica Reivon Pimentel, presidente do Sinspeb, em conversa com o BNews. O sindicalista defende novas contratações por meio de concursos.
"GUERRA" - Em tempo, Pimentel mostra-se solidário com a manifestação dos terceirizados. "Nossa guerra não é contra os trabalhadores, é contra o tipo de contratação, que é prejudicial para nós e para eles. O governo paga quase R$ 6 mil para um trabalhador desse, porém, a empresa repassa líquido em torno de R$ 1.100/ R$ 1.200, e ainda não paga o salário. Esse empreendimento é a galinha dos ovos de ouro para os empresários", afirma.
De acordo com o sindicalista, ações judiciais impedem este tipo de contratação em unidades prisionais de municípios como Irecê e Brumado. Os terceirizados vinculados à Socializa também prestam serviços ao conjunto presídio de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana.
Notícia relacionada: Agentes terceirizados do presídio da Mata Escura fazem protesto por reajuste salarial
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