Cidades

Moradores desenterram carne imprópria para consumo em aterro sanitário de Teixeira de Freitas; veja vídeo

Reprodução/Site Sul Bahia News
Produto clandestino havia sido enterrado por fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) na sexta-feira (24)   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Site Sul Bahia News

Publicado em 27/07/2020, às 13h15   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Moradores de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, desenterraram uma carga de carne imprópria para consumo no aterro sanitário da cidade. O produto clandestino havia sido enterrado por fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) na sexta-feira (24). 

Em um vídeo publicado pelo site 'Sul Bahia News', é possível ver um grupo de pessoas desenterrando as carcaças bovinas. De acordo com a publicação, uma mulher que não quis se identificar, contou que o local é a fonte de alimentação de diversas famílias do município.

Assista:

Segundo Maurício Bacelar, diretor da Adab, a carga de 20 carcaças bovinas foi apreendida nas barreiras itinerantes instaladas no município porque não tinha procedência comprovada nem documentação fiscal. 

"O produto estava sendo transportado de maneira inadequada e sem refrigeração. No ato da apreensão, as carcaças estavam em péssimas condições de acondicionamento, sem nenhum sistema de refrigeração, apresentando alta temperatura, muito além dos 7ºC regulamentados pela legislação sanitária, em estado de putrefação e não foi apresentando nenhum documento que identificasse a origem do produto”, explica.

Conforme o diretor, nesses casos a legislação prevê o aterramento, o que foi feito com a carga, ou a destruição através do fogo. Ainda conforme Bacelar, antes de ser aterrada, a carne foi tratada com creolina -  produto tóxico -. "Os procedimentos foram adotados em atendimento aos preceitos legais, por isso, antes de ser enterrada, a carga foi tratada com creolina. Diante das evidências, foi adotada a decisão mais viável para aquele local e àquelas circunstâncias, que era enterrar em um aterro sanitário", enfatiza.

Ele diz ainda, que muito provavelmente, as pessoas que aparecem na filmagem desenterrando a carga, não consumiram o produto. "Quando essas pessoas chegaram em casa se frustraram. Pela quantidade de creolina usada, se elas consumissem, com certeza  teriam se intoxicado e os hospitais da região estariam cheios", salienta o diretor que repudiou o vídeo, segundo ele, utilizado de forma política. 

“O que nos deixa estarrecidos é assistir pessoas tentando tirar proveito político da fragilidade de uma parcela da população. Pessoas que, de uma maneira inadvertida, foram lá tentar aproveitar aquela carne como alimento, estão sendo utilizadas com objetivos políticos. Isso é inadmissível”.

A reportagem procurou a prefeitura de Teixeira de Freitas para saber se algum morador deu entrada em alguma unidade de saúde da cidade em decorrência do consumo da carne, no entanto, não consegiu contato.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp