MP recomenda que empresa apresente modelo de rompimento de barragem de rejeitos em Jacobina

O Ministério Público estadual (MP-BA) recomendou à empresa JMC – Yamana, responsável por uma barragem de rejeitos, em Jacobina, que apresente, no prazo de 60 dias, um modelo de rompimento hipotético de uma parede secundária de proteção, além dos estragos que uma eventual mancha de rejeitos pode causar. O pedido foi feito pelo promotor de Justiça Pablo Almeida.

“Visualmente algumas estruturas da empresa estariam na aparente rota de rompimento lateral, o que precisa ser apurado, eis que eventual escorregamento nesta região levanta a possibilidade de uma situação hipotética de um rompimento diferente daquele projetado em modelo conceitual, devendo ser feitas as modificações devidas no Plano de Ação de Emergência e demais estudos relacionados”, destacou o promotor.

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Ele explicou que é necessária essa análise hipotética com o intuito de verificar se a área da empresa onde estão os trabalhadores da barragem eventualmente poderia ser afetada por um rompimento da parede secundária. 

“Os estudos feitos pela empresa foram realizados somente na parede principal, o que é bastante preocupante. Por isso precisamos de um estudo de topografia e de curva de níveis para identificarmos se as rotas de fugas e pontos de encontro, em casos de acidente de barragem, seriam afetados”, ressaltou Pablo Almeida.  

Incidente

Um deslizamento de material na área de estoque da barragem de rejeitos, na tarde da quarta-feira (2), assustou os trabalhadores que estavam no local.

Um funcionário da empresa contou ao BNews que, quando aconteceu o deslizamento, houve o aviso de evacuação para os empregados pelo rádio e todos se dirigiram ao ponto de encontro, que é o orientado para quando acontece esse tipo de acidente.

"Depois foi feito a contabilização do pessoal, para saber se não estava faltando ninguém e vimos que todos estavam bem", afirmou o trabalhador.