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Governo acusa abandono de malha ferroviária da Centro-Atlântica e pode travar renovação com VLI

Divulgação/Erivelto Souza
A CBPM exige que para que a renovação por mais 30 anos aconteça, seja comprovada a condição de cumprir uma das cláusulas do contrato que prevê um investimento acima de R$ 13,8 bilhões  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Erivelto Souza

Publicado em 07/03/2021, às 10h17   Redação BNews


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O Governo da Bahia enviou um ofício à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), para suspender a renovação automática do contrato de concessão da ferroviária Centro-Atlântica coma a VLI Multimodal SA.

O governo do estado acusa a concessionária de abandono da malha, que se constitui como principal eixo de integração entre a Bahia e o Centro-Oeste do país, em especial o trecho Minas-Bahia.

A CBPM exige que para que a renovação por mais 30 anos aconteça, seja comprovada a condição de cumprir uma das cláusulas do contrato que prevê um investimento acima de R$ 13,8 bilhões.

Em fevereiro, a ANTT realizou uma audiência para servir como base ao Governo Federal para a renovação da outorga.

Segundo a CBPM, contudo, a audiência teve uma limitação do público e faltou "qualidade" dos estudos sobre a atuação da concessionária na manutenção da malha, o que determina a nulidade do processo.

Secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, diz que o governo defende que a VLI cumpra com os investimentos previstos e mostrar quais serão.

Um dos pontos cobrados pelo governo é a Ponde D. Pedro II, que liga Cachoeira a São Félix, construída ainda no século XIX.

“Desde 2009, o governo da Bahia apresentou uma proposta para solucionar o problema de Cachoeira-São Félix. A proposta entrou no Orçamento da União, foi feito o projeto, e a VLI nunca moveu uma palha. Defendemos o contorno de Cachoeira e São Félix ou outro ramal ferroviário que saia", explicou Walter Pinheiro, secretário de Planejamento.

Na região metropolitana, a malha que liga o Polo Petroquímico de Camaçari e Porto de Aratu também é considerada um "problema" pelo secretário

Em nota, a assessoria da VLI rebateu as acusações do governo e disse que o corredor Minas-Bahia “conta com operações
regulares, com a movimentação de derivados de petróleo, cal, minério de ferro, minério de cromo, minério de
magnesita, cimento e contêineres". As informações são do A Tarde.

Segundo a assessoria, a movimentação no trecho cresceu 20% entre 2019 e 2020 e que cerca de R$ 3,5 bilhões previstos pela proposta de renovação de R$ 13,8 bilhões da FCA será destinado ao trecho na Bahia.

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