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Certificado em comunidade de Boipeba pode atrasar empreendimento de luxo; entenda

Jota Freitas/Setur
Resort de luxo é alvo de críticas por parte de moradores de Boipeba  |   Bnews - Divulgação Jota Freitas/Setur

Publicado em 21/09/2023, às 21h00   Cadastrado por Victória Valentina


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A comunidade de Boipeba, no município de Cairu, no sul da Bahia, foi reconhecida e certificada nesta quarta-feira (20) pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo. A medida publicada no Diário Oficial da União, no entanto, deverá atrasar e ameça as obras de um megaempreendimento de luxo.

O Inema chegou a autorizar uma licença ambiental permitindo as obras. Depois, o projeto de construção do resort na Ponta dos Catelhanos virou alvo de diversas críticas da comunidade local e de uma ação do Ministério Público Federal (MPF. 

Em julho, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), ligada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), prorrogou por mais 90 dias a proibição de obras ou construções do empreendimento. De acordo com o documento, a decisão se dará até que seja apurado se ele é compatível com legislação patrimonial.

Durante a idealização, o resort previa o uso de 20% da Ilha de Boipeba, e teria ainda um aeródromo com pista de 1,2 km, campos de golfe, construções de casas com acesso direto à praia, além de outros luxos. 

O empreendimento tem como sócios José Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo, e Fraga, ex-presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Classificação Indicativa: Livre

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