Cidades

Decisão sobre construção de resort de luxo em Boipeba deve sair ainda neste mês

Reprodução/UNA BV
Licença para o início das obras do resort de luxo estava suspensa por 90 dias  |   Bnews - Divulgação Reprodução/UNA BV

Publicado em 02/06/2023, às 07h37 - Atualizado às 11h07   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

A decisão sobre a construção do resort de luxo "Ponta dos Calheiros", na Ilha de Boipeba, a 85 km de Salvador, deve sair até o fim do mês de junho. O documento em relação ao megaempreendimento está nas mãos da Superintendência do Patrimônio da União (SPU).

Esperando um parecer, a licença para o início das obras estava suspensa por 90 dias, e é aguardada uma possível nova liberação para dar início às obras do resort que contará 67 lotes residenciais e dois lotes para atividades de interesse social (Centro de Cultura e Capacitação, equipamento esportivo e Estação de Tratamento de Resíduos); duas pousadas com 25 quartos e 25 casas assistidas cada, em áreas de 381.933,00 m² e 493.847,00 m²; além de um aeródromo e outros atrativos.

O empreendimento é de responsabilidade da empresa Mangaba Cultivo de Coco Ltda. O resort de luxo ocuparia a região conhecida como Ponta dos Castelhanos. No entanto, a possível construção do megaempreendimento gerou uma mobilização de movimentos sociais, que fizeram alertas sobre a destruição do ecossistema local e de expulsão de comunidades tradicionais.

O procurador do Ministério Público Federal, Ramiro Rockenbach, sinalizou uma tentativa de fraude no processo licitatório do empreendimento de luxo na Ilha de Boipeba, no município de Cairu.

Durante audiência pública realizada na Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o procurador elencou 10 motivos que desautorizam o licenciamento ambiental para a construção.

No entanto, moradores locais e de regiões próximas ao município de Cairu, estão contentes com a possibilidade da construção do megaempreendimento “Ponta dos Calheiros”. É o caso de Taiane Magalhães Pereira, professora de 32 anos, que mora na comunidade “Cova da Onça”. Em contato com o BNews, a pedagoga valoriza a oportunidade de novas oportunidades de empregos e geração de renda para a população comunitária.

“Nós já participamos de algumas reuniões, inclusive, em 2019, fizemos presença no Inema, quando o processo ainda estava sendo analisado (...) Não tivemos muito o direito à fala, mas estávamos lá para ouvir os posicionamentos de todos os representantes do Inema e do secretário do meio ambiente, que enfatizou que o empreendimento tinha por obrigação ser direcionado em questões de emprego para comunidade, formação continuada, direito dos moradores da comunidade, de exercer as funções que o empreendimento venha exercer à sociedade. Nos posicionamos a favor do empreendimento, porque, hoje, temos esclarecimento, uma vez que os buscamos”, menciona Taiane.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp